O Santuário Celestial.
Apocalipse 21: 1-3
“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus”.
Ao contrário do que muitos crentes entendem, a Bíblia não é um livro que narra a história da humanidade desde a sua criação, nem, apenas, tem por objetivo tornar conhecida a história de Jesus e provar que Ele é Deus, muito mais do que isso, a Bíblia sendo a inerrante e inesgotável Palavra de Deus, tem como principal objetivo levar ao conhecimento do homem a vontade imutável de Deus, em o que todos os Seus propósitos estão firmados. Propósitos que estão determinados desde a eternidade. E, quando o Senhor dá a maravilhosa declaração – “Eis que faço novas todas as coisas”, está afirmando de que todos os Seus propósitos foram alcançados da maneira como foram elaborados, sem nenhum contratempo no decorrer da história.
O “novo” céu e terra que João viu é em relação ao que ele já via e vivia em seu tempo. O céu e terra criados no Gênesis é uma sombra da realidade celestial, contudo, o pecado do nosso primeiro pai – Adão, teve uma consequência devastadora. Não foi só a raça humana que sofreu a catastrófica consequência do pecado, toda a criação geme ansiando pela restauração do estado original. O que João viu foi o estado original da criação sem os efeitos maléficos do pecado cometido pelo homem. O “primeiro”, no texto, faz alusão ao mundo em que vivemos contaminado e corrompido por causa do pecado da humanidade.
O fato de João dizer que o mar já não existe, ou que pelo menos, ele não o viu em sua visão, não quer dizer que no Céu não haverá água ou mares e, muito menos, que a terra será reconfigurada na distribuição dos elementos secos e líquidos. Vejo, e isso sem a pretensão de querer criar nova linha de raciocínio, que João está falando do mundo e seu sistema já que o mar na Palavra de Deus, sempre apontou para isso.
Infelizmente tudo que está a nossa volta, até a própria religião, foi corrompida, desconfigurada e contaminado pelo pecado, por isso, nosso Deus está afirmando que “vai fazer novo” e não “fazer de novo”. Neste caso, “fazer novo” é restaurar ao estado original aquilo que foi destruído pela ação do pecado.
No caso da religião, o Senhor não a restaurará, por que Ele a preservou intacta. Ainda que, em toda a história, o homem sempre quis acrescentar elementos estritamente racionais à religião pura e santa, nosso Deus não permitiu que ela fosse corrompida. As exigências sempre foram para que o homem se adaptasse aos critérios da adoração, para que essa fosse agradável e aceitável diante de Deus.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Muito boa esse reflexão. Deus o abençoe. Erivelton Figueiredo.