Poder do Alto
Cristo prometeu expressamente, a toda a Igreja e a cada pessoa cujo dever é trabalhar para conversão do mundo, que seríamos revestidos de poder do alto. Ele admoestou os primeiros discípulos a que não pusessem mãos à obra enquanto não recebessem esse revestimento de poder do alto. Tanto a promessa como a admoestação têm igual aplicação a todos os cristãos de todos os tempos e povos. Ninguém, em tempo algum, tem o direito de esperar bom êxito, se não obtiver primeiro o poder do alto. O exemplo dos primeiros discípulos ensina-nos como obter esse revestimento. Primeiramente consagraram-se a esse trabalho, continuando em oração e súplicas até que, no dia de Pentecoste, o Espírito Santo veio sobre eles e receberam o prometido revestimento do poder do alto.
Apesar de todos o pedirem, em todas as ocasiões; entretanto, à vista de tanta intercessão, é relativamente pequeno o número daqueles que, efetivamente, são revestidos desse Espírito do poder do alto!
Cristo diz: “Todo o que pede recebe” (Mt 7:8), porém não há como negar que existe um “grande abismo” entre o pedir e o receber, o que representa pedra de tropeço para muitos. Eis algumas razões por que muitas vezes não recebemos o revestimento.
1) De modo geral, não estamos dispostos a ter aquilo que desejamos e pedimos;
2) Deus nos informa expressamente que, se contemplarmos a iniquidade no coração, ele não nos ouvirá.
3) não é caridoso;
4) é severo em seus julgamentos;
5) é auto dependente;
6) repele a convicção de pecado;
7) recusa-se a fazer confissão a todas partes envolvidas;
8) recusa-se a fazer restituição às partes prejudicadas;
9) é cheio de preconceitos insinceros;
10) é ressentido;
11) tem espírito de vingança;
12) tem ambição mundana;
13) comprometeu-se em algum ponto e não quer dar o braço a torcer, ignora e rejeita maiores esclarecimentos;
14) defende indevidamente os interesses de sua denominação;
15) defende indevidamente os interesses da sua própria congregação;
16) resiste aos ensinos do Espírito Santo;
17) entristece o Espírito Santo com dissenção;
18) extingue o Espírito pela persistência em justificar o mal;
19) entristece-o pela falta de vigilância;
20) resiste-lhe dando largas ao mau gênio;
21) é incorreto nos negócios;
22) é impaciente para esperar no Senhor;
23) é egoísta de muitas formas;
24) é negligente na vida material, no estudo, na oração;
25) envolve-se demasiadamente com a vida material, e os estudos, faltando-lhe por isso tempo para oração;
26) não se consagra integralmente, e
27) o último e maior motivo, é a incredulidade: pede o revestimento, sem real esperança de recebê-lo. “Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso” (1 Jo 5:10). Esse, então, é o maior pecado de todos. Que insulto, que blasfêmia, acusar a Deus de mentir!
Adaptado do livro “Uma vida cheia do Espírito” de Charles G. Finney