Devocional lição 01/ 2ºtrim 2017, Segunda-feira – Novo nascimento, uma transformação de dentro para fora.
João 3:3
“Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”.
Nicodemos era fariseu, o que significa que vivia dentro das normas religiosas mais rígidas possíveis. Nem todos os fariseus eram hipócritas e tudo indica que Nicodemos foi extremamente sincero em sua busca pela verdade. Foi procurar Jesus à noite, não porque temesse ser visto, mas provavelmente porque desejava ter uma conversa tranquila e sem interrupções. Era um homem de altíssimo caráter moral e de profundo anseio espiritual, mas que sofria de grande cegueira espiritual. A princípio, o que chamou a atenção de Nicodemos foram os milagres de Jesus, no entanto, ele desejava saber mais sobre Jesus e as doutrinas que ensinava.
A fim de ensinar a respeito das verdades básicas da salvação, o Senhor Jesus usa a ilustração do nascimento, algo que era bem conhecido, uma experiência universal. Apesar de todos os seres humanos terem passado pelo nascimento natural neste mundo, caso desejem ir para o céu, devem passar pelo nascimento espiritual do alto.
A Doutrina Bíblica da Salvação deveria ser um tema ensinado, sistematicamente, nas igrejas, pois é, exatamente neste ensino que muitos crentes ainda estão “cegos”. Quando falamos às pessoas da necessidade de nascer de novo, é comum começarem a falar sobre a tradição religiosa de sua família, sobre a igreja onde são membros, sobre aspectos cerimoniais, e assim por diante.
Do ponto de vista cético, a resposta de Jesus parece loucura, pois em hipótese alguma, alguém pode retornar ao ventre materno e nascer de novo, pois, “nascer da água” tem um sentido literal de nascer fisicamente (“voltar ao ventre materno e nascer segunda vez”), mas “nascer de novo” significa nascer do Espírito. Assim como os pais são necessários para que ocorra o nascimento físico, também são precisos dois “pais” para que se dê o nascimento espiritual: o Espírito de Deus e a Palavra de Deus.
“Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre”.
O filho herda a natureza dos pais, e o mesmo se aplica ao filho de Deus. Tornamo-nos “co-participantes da natureza divina”. A natureza determina os anseios, o que explica por que o crente anseia pelas coisas de Deus e perde o desejo de voltar para as coisas sórdidas do mundo que antes o atraíam.
É evidente que o nascimento também implica vida, e o nascimento espiritual do alto implica vida de Deus. O oposto de vida é morte, e quem não crê em Jesus Cristo não tem a vida de Deus, a vida eterna e abundante. Assim como é impossível “fabricar” bebês, também é impossível “fabricar” crentes! A única maneira de se tornar parte da família de Deus é pelo novo nascimento.
O nascimento também implica um futuro, e fomos “[gerados] para uma viva esperança”. Um bebê recém-nascido não pode ter uma ficha na polícia nem ser preso, pois não tem passado! Quando nascemos de novo na família de Deus, nossos pecados são perdoados e esquecidos, e temos diante de nós um futuro promissor com uma nova esperança.
É bem provável que Nicodemos tivesse no rosto uma expressão de surpresa e de confusão, pois era judeu, e era parte do povo da aliança de Deus. Sem dúvida, seu nascimento era melhor do que o de um gentio ou de um samaritano! Além disso, levava uma vida exemplar, pois era um fariseu fiel!
“É totalmente compreensível que se pregue o “nascer de novo” para um pecador, mas certamente não se pode pregar isso para um crente”, esse é o pensamento de muitos Nicodemos em nosso meio.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.