Devocional lição 04 / 2º trim 2017, Quarta-feira – Abraão creu contra a esperança.
Romanos 4:18
“O qual, em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência”
Promessa feita, e agora? Abraão tinha em sua frente dois obstáculos intransponíveis pela capacidade humana: Primeiro – sua mulher Sara era impossibilitada, fisiologicamente, de gerar filhos desde nova; segundo – Ele, o próprio Abraão, já tinha seu corpo amortecido, fisiologicamente, pela idade. Sendo assim, a promessa feita por Deus soava como um discurso demagogo feito pelos políticos atuais, ou seja, era algo que jamais se cumpriria, palavras lançadas ao léu para engambelar o coitado do Abraão, induzindo-o a acreditar no impossível.
Acontece que quem fez a promessa foi Deus, e a única coisa impossível neste mundo é Deus mentir. Ninguém pode censurar Deus pela maneira de estender sua misericórdia, pois, mesmo que façamos julgamentos a respeito da forma como Ele opera, Deus é justo. Mas como já comentamos no devocional anterior, o cumprimento da promessa de Deus está condicionado a responsabilidade do beneficiado, isto quando se trata de promessas individuais. A responsabilidade é a de crer que Deus pode e quer fazer.
Setenta e cinco anos tinha Abrão quando recebeu de Deus a promessa original, provavelmente naqueles dias, essa idade não era empecilho para o homem procriar, contudo, mesmo que Abrão pudesse gerar filhos, tinha sua esposa, Sarai, que era estéril. Entretanto, mesmo que esses problemas martelassem na cabeça de Abrão, ele creu, recebeu e prontamente atendeu ao chamado de Deus. Transcorreram dez anos e Deus reafirma sua promessa a Abrão, garantindo que ele será “pai de multidões”, neste tempo Abrão indaga de Deus como será isso, pois já tinham passado dez anos e até agora nada tinha acontecido, porventura Deus estaria se referindo ao seu mordomo Eliezer? A resposta de Deus foi categórica: “Não! Seu herdeiro nascerá de ti.” Abrão continuou a crer.
Mais quatorze anos se passaram. Noventa e nove anos tinha Abraão. As possibilidades que já eram remotas, agora tinham se extinguido totalmente. A esperança de receber a promessa de Deus esvaiu-se por causa do tempo, Abraão cumpriu com as exigências de Deus, mas não foi “recompensado” com a tão esperada promessa.
Acredito que Deus, do seu sublime trono, fica nos observando o tempo todo, e quando chegamos no fim da linha, Ele ainda continua imóvel aguardando nossa reação diante de todas as impossibilidades. O que eu quero dizer é que, quando chegamos ao fim da linha podemos reagir de duas formas. A primeira reação é dar meia volta e percorrer o caminho de volta até a primeira encruzilhada e começar a trilhar um novo caminho utilizando nossos próprios recursos; a segunda …, bom …, a segunda reação é de cair de joelhos e agradecer a Deus por nos ter ajudado a chegar até aquele ponto, mesmo que suas promessas não tenham se cumprido.
Creio que Abraão, aos noventa e nove anos, tenha orado desta forma a Deus (isto não está escrito na Bíblia): “Senhor, combati o bom combate, acabei minha carreira, cheguei ao ponto final da minha jornada, espero ter sido fiel e obediente a tudo quanto requerestes de mim. Todas as Tuas Palavras guardei como o mais precioso tesouro. Até agora não vi sua promessa se cumprir, mas mesmo assim, creio que de alguma forma o Senhor a cumprirá. As esperanças físicas se foram, mas ainda exulta em mim a FÉ, e, independentemente, do que o Senhor fará e como fará, eu continuarei te servindo”.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.