Deus é fiel para justificar quem se arrepende dos seus pecados.
I João 1: 9
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
“Eu quero voltar ao início de tudo / Encontrar-me contigo, Senhor /
Quero rever meus conceitos, valores / Eu quero reconstruir /
Vou regressar ao caminho / Rever as primeiras obras /
Eu me arrependo, Senhor / Eu me arrependo, Senhor /
Eu me arrependo, Senhor! / Eu quero voltar / Ao meu primeiro amor / Eu quero voltar a Deus.” (Aurélio Rocha)
Arrependimento não pode ser comparado a remorso, pois, enquanto o remorso é apenas um sentimento passageiro e incapaz de produzir no homem alguma transformação, o arrependimento produz um sentimento de culpa atordoador induzindo o pecador a buscar incansável e desenfreada pelo perdão.
É importante observar que, como vimos anteriormente, não há arrependimento sem que haja a fé, e, como sabemos, a fé é um dom de Deus. Não cremos por que queremos crer, mas por que fomos levados a crer. Quando nos arrependemos sem fé, estamos agindo com o propósito egoísta para manter Deus feliz, ou seja, a intenção é satisfazer a própria consciência, sem se importar com o relacionamento com Cristo. Temos a falsa impressão de que estamos agradando a Deus com o nosso comportamento de falso convertido. O arrependimento sem fé é causado pelo medo das consequências do pecado, não é sincero e, sim, repleto de hipocrisia. O arrependimento sem fé é uma forma equivocada de tentar convencer Deus do nosso estado miserável e que, pesarosos, merecemos o perdão. O arrependimento sem fé é como uma ferida aberta que nunca cicatriza, sobre a qual pomos os olhos todos os dias e percebemos o quanto é doloroso, traumático e, irremediavelmente, incurável. Por fim, sem fé, cada vez menos nos arrependemos dos nossos erros e assim, vamos ficando cada vez mais insensíveis a voz do Espírito Santo.
Por outro lado, quando somos levados ao arrependimento pela fé, do nosso intimo nasce um sentimento profundo e incessante de pesar que vai evoluindo para um angustiante desejo de reparar todo erro cometido e culmina no desespero da alma para se livrar do peso que nos assombra diuturnamente.
Ah, meus irmãos! Quão maravilhoso foi o dia em que o Espírito Santo, tão amorosamente, se aproximou de nós e nos convenceu do nosso estado. Que dia glorioso foi aquele quando voltamos o olhar para nosso interior, e Ele, o Espírito Santo, nos revelou que só havia podridão e morte, dos quais poderíamos ser libertos. Que momento sublime foi aquele quando todo nosso ser, movido pela compaixão do Espírito Santo, se contristou, e então, nossos olhos foram abertos e a consciência despertou para o relacionamento que estava rompido com Deus. Ah! Nessa hora, sentimo-nos como se o corpo não tivesse uma estrutura óssea para o suportar e éramos simplesmente uma massa informe e sem utilidade. Estávamos completamente vazios e o nosso espírito gritava ansiosamente por socorro, gemia incessantemente por paz e desejava ardentemente encontrar-se com seu Deus.
Como vimos, o arrependimento sem fé é provocado por medo das consequências do pecado, mas, quando somos levados ao arrependimento pela fé, arrependemo-nos por causa do pecado em si. O arrependimento promovido pela fé faz intensificar a alegria da nossa comunhão com Cristo.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.