O testemunho do Espírito Santo quanto à nossa filiação divina.
Romanos 8: 16
“O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”
Talvez uma das maiores preocupações daqueles que são adotados, é a dúvida que os atormenta acerca do relacionamento com os pais adotivos, e, a questão de o afeto ser distribuído uniforme e indistintamente a todos os filhos, de modo que não haja acepção entre os legítimos e os adotados. Talvez a maior dúvida que, diuturnamente, apavora os que são adotados é o fato de que os filhos legítimos jamais o reconhecerão como um irmão de fato. Talvez, percebam que sempre digo talvez, os filhos adotados, sempre que recebem uma reprimenda, julgam que a receberam apenas pelo fato de serem adotados.
Neste dia, te convido a, junto comigo, fazermos uma reflexão sobre nossa condição de filhos de Deus por adoção. De antemão, devemos estar cientes que sem Jesus Cristo, não seríamos filhos, mas apenas criaturas. De uma forma geral, a humanidade em si, todos os homens, não podem ser denominados filhos de Deus, filhos são apenas os que aceitaram e participam do sacrifício de Jesus Cristo, estes, e tão somente estes, são feitos filhos de Deus por adoção.
Entendido isso, a questão agora é, que tipo de relacionamento nós, como filhos, estamos tendo com nosso Pai Celestial? Realmente nos vemos como filhos de Deus? Estamos convencidos psicológica e espiritualmente da nossa condição de filhos legítimos? O nosso comportamento como filhos, diante de Deus, nosso Pai, está coadunado com a fé que professamos? Ou, estamos satisfeitos com as promessas do Pai, e, na esperança que sejam cumpridas, não ousamos pedir mais nada?
Se em qualquer destas perguntas demos um “não” como resposta, temos que rever nossos conceitos de filhos e pedir auxílio do Espírito Santo para que possamos estar convencidos da nossa adoção.
A adoção tem um aspecto bilateral. Tanto o que adota como o que é adotado, assumem compromissos e responsabilidades que não podem ser quebrados, simplesmente, por que não há laços biológicos entre si. O que adota assume um compromisso e a responsabilidade de aceitar legalmente como filho, o adotado, concedendo-lhe todos os direitos de filho legítimo; bem como, o adotado tem o compromisso e a responsabilidade de incorporar, seguir, assumir e aplicar as práticas, os costumes, as doutrinas, as atitudes e o comportamento da família que o adotou.
No aspecto espiritual, Aquele que nos adotou, assumiu, num único ato, todos os compromissos e responsabilidades concernentes a nossa adoção como filhos. Todas as prerrogativas do Unigênito recaem sobre nós a partir do momento em que somos salvos. No exato momento em que somos justificados e regenerados, o Pai Celestial passa a nos ver exatamente como vê o Filho. E, alguém pode perguntar: que garantia tenho disto? Ora, quem nos garante a nossa filiação e nos convence dela é o Espírito Santo de Deus. Por isso, eu sempre digo que o trabalho dEle é árduo, pois, é necessário muito argumento para nos demover de algum conceito.
Contudo, não estamos eximidos dos nossos compromissos e reponsabilidades de filhos de Deus. Deus jamais nos expulsará da Sua “casa”, mas, isso não significa que suportará os rebeldes, Ele, até tolera os que agem com indiferença ante a Sua benignidade, mas com os rebeldes não será complacente.
Não tenhamos a atitude do filho pródigo, que preferiu sair de casa a viver sob os cuidados do Pai, mas, também, não vamos agir como o filho que ficou em casa e não soube usufruir de tudo o que o Pai podia conceder.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.