Fazendo o bem com a motivação correta.
Mateus 6: 1-4
“Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”
Não resta dúvidas que existem muitas pessoas nas igrejas, cuja contribuições são vultuosas e que, indiscutivelmente, são de fundamental importância para a manutenção da obra do Senhor. Não estou afirmando que sem essas contribuições a igreja de Cristo estaria falida, mas, sem dúvidas, que Deus está dando oportunidades a tais pessoas de serem úteis na Sua obra e, quem sabe, se converterem.
Infelizmente temos muitos irmãos, em nosso meio, que estão fazendo o que é certo, mas, pelos motivos errados e, não entendem que seu trabalho é vão, ou seja, não é o pastor que vai rejeitar sua voluntariedade e oferta, mas o próprio Deus. Se nossa disponibilidade, voluntariedade e ofertas não estiverem estribadas na nossa sinceridade de coração, não terão nenhum valor diante de Deus, não estou me referindo apenas a dízimos e ofertas levantadas na igreja, falo de auxiliar o próximo nas suas dificuldades. Deus não precisa daquilo que Ele mesmo nos deu, porém, quando Ele nos dá as coisas, é para que as utilizemos em favor dos menos favorecidos.
Nesta época do ano, algumas igrejas fazem campanhas solidárias, tais como: “Natal feliz”, “Adote uma criança”, “Natal solidário”, etc. Se isso tivesse origem na sociedade eu não me espantaria, mas, vindo de igrejas que se dizem evangélicas, fico decepcionado, pois o que essas igrejas se propõem a fazer nesses dias é o que deveriam estar fazendo o ano todo.
Meu falecido avô sempre dizia que “angú de um dia só, não engorda cachorro magro”. A escola que meu avô frequentou sua vida toda foi a lavoura, sua caneta foi o cabo de uma enxada. No tempo dele, assim que se aprendia a escrever o nome, já estava apto para o trabalho, o resto era a vida que ia ensinar. Apesar da sua ignorância cultural, a frase que ele sempre pronunciava está carregada de uma verdade que poucas pessoas percebem.
Não sou contra as campanhas solidárias que as igrejas fazem, só não concordo que elas sejam feitas em datas específicas, pois, mesmo que não sejam, tais campanhas denotam um aspecto demagógico. São igrejas que querem chamar a atenção da sociedade para si. Repito! Não sou contra as igrejas que fazem obras sociais, sou contra as que fazem isso uma ou, no máximo, duas vezes por ano e, só fazem diante dos holofotes.
Sempre que acompanho meu sogro no tratamento que faz na Santa Casa de Vitória – ES, vejo cristãos, independente da denominação, DIÁRIAMENTE, realizando obras sociais. Faça sol ou faça chuva, eles estão lá, todos os dias distribuindo lanche para todas as pessoas e junto com o lanche uma palavra de fé, e não tem câmeras nem tem holofotes, o que se tem são pessoas que vivem no “anonimato” midiático, mas que “não se cansam de fazer o bem”.
“E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.”
Deu te abençoe.
Graça e Paz.
