Uma missão superior que apenas Cristo poderia cumprir.
Lucas 19: 10
“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”
De todas as coisas criadas, apenas uma criatura, deliberadamente, deixou-se corromper, e assim, abriu-se um abismo intransponível entre Criador e criatura, rompendo, definitivamente, o relacionamento entre ambos. A atitude da criatura rebelada causou um impacto terrível sobre toda criação e promoveu no Criador um profundo sentimento de tristeza que não há outra expressão, senão arrependimento, para caracterizar tal sentimento. Entretanto, um resgate já estava meticulosamente planejado desde a eternidade e seria posto em execução no tempo proposto pelo Criador.
O texto bíblico de hoje, faz menção a toda a humanidade. De todas as criaturas, o homem foi a única que se perdeu, apesar de toda a criação estar sofrendo com a queda do homem, nenhum outro ser ou criatura rompeu seu relacionamento com Deus como o homem o fez. Todo homem, hoje, sem Jesus Cristo, está na condição de perdido. O problema está em admitirmos isso.
Quando Zaqueu recebeu Jesus em sua casa e arrependido admitiu sua situação de extraviado, e, ouvindo essa declaração (“buscar e salvar o que se havia perdido”) do próprio Jesus Cristo, ele entendeu perfeitamente o que Jesus estava dizendo. O problema de Zaqueu não era o fato dele ser judeu e trabalhar para o império romano cobrando impostos dos compatriotas; o problema de Zaqueu não estava no fato dele ser desprezado pelos próprios irmãos por causa da sua condição socioeconômica; o problema de Zaqueu não podia ser resolvido num divã de psicanalista; o problema de Zaqueu não podia ser resolvido com festividades anuais, em que, momentaneamente, eram esquecidos sentimentos que nenhuma presença humana é capaz de apaziguar; enfim, o problema de Zaqueu, bem como de toda a humanidade, só se resolve reatando uma amizade que foi rompida no Éden. O rompimento desta amizade, pelos representantes da raça humana, acarretou sobre toda a raça, independente da época, a cumplicidade do seu ato, ou seja, somos participantes da penalidade imposta sobre eles. Entenda uma coisa meu querido (a), não importa quem estava no Éden, não importa quem foi tentado e cedeu a tentação, a questão do pecador não está somente em punir quem inicialmente pecou, e tudo se resolve. Não, não é assim!
O grande problema do pecador está no fato dele se admitir um. O que Jesus disse para Zaqueu não significava que existem dois grupos de pessoas, ou seja, um grupo não está perdido e outro está. Não é isso! O Senhor Jesus estava dizendo que Ele veio salvar e resgatar aqueles, e tão somente, aqueles que admitem estarem perdidos. Zaqueu era um bom religioso, provavelmente participava de todos cerimoniais religiosos, com toda certeza era zeloso em cumprir todas as exigências dos rituais anuais do seu povo. E, mesmo assim, estava perdido.
Não importa quem fundou a igreja que frequentamos ou a quanto tempo ela esta fundada. Não importa a quanto tempo estamos integrados no “corpo de Cristo”, bem como, não importa a função ou “cargo” que desempenhamos nele. Não importa se a nossa contribuição é substanciosa e se somos fiéis nos dízimos. Nada disso pode reatar o relacionamento quebrado no Éden. Existem muitas pessoas dentro das igrejas que estão “convencidas” espiritualmente. Estão confortavelmente escondidas sob uma religiosidade débil que não promove nenhum despertamento sobre a sua real condição. Não entendem nem admitem que estão perdidas.
Estávamos irremediavelmente perdidos, mas fomos alcançados pela graça e misericórdia de Deus, através do sacrificio de Nosso Senhor e salvador Jesus Cristo.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.