Jesus, Sumo Sacerdote e ministro do santuário.
Hebreus 5: 4
“E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão.”
Quando a Palavra de Deus se desnuda ante nosso entendimento, não existe outra expressão para definir nossa reação que não seja estupefato. E, quando isso acontece, percebemos o quanto estamos distantes, muito distantes, do padrão de Deus.
O autor da carta aos Hebreus, começa o cap. Cinco, deixando bem esclarecido as principais e primordiais funções do sacerdote. Toda e qualquer atitude de um verdadeiro sacerdote, tem que estar fundamentada em um único sentimento: “compaixão”. A melhor definição para compaixão que encontrei, foi: “sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor.”
Mas, o que, exatamente, estamos querendo dizer, quando dissemos “verdadeiro sacerdote”? Bom, podemos começar dizendo que o verdadeiro sacerdote é reconhecido pela sua postura e responsabilidade com que exerce seu ministério. Ele não precisa convencer ninguém com argumentos da sua função, de todos, ele é reconhecido pelas atitudes e comportamentos. Ele não é reconhecido pelo lugar que ocupa na tribuna, mas pelo lugar que ocupa na vida do povo. O verdadeiro sacerdote é reconhecido quando, em seus atos, está impresso, sem nenhum resquício de engano, que sua maior preocupação é com o Reino de Deus e, não somente com a instituição. Para o verdadeiro sacerdote, o TEMPLO de Deus ainda continua sendo o TEMPLO de Deus. O verdadeiro sacerdote, mesmo delegando ordens a terceiros, tem que manter-se informado de todas as coisas que acontecem dentro do Templo, bem como, participar de todas elas. O verdadeiro sacerdote vê sua função como um ofício, e não somente, um trabalho, e, para exercer um ofício, a pessoa tem que ter qualificações e habilidades especificas para cumprir a incumbência a que foi comprometida. O verdadeiro sacerdote, sempre usará de misericórdia para com seu irmão e com o povo, pois, sendo ele participante da mesma natureza, conhece perfeitamente, suas fraquezas e necessidades, por isso, antes de apresentar ofertas pelo povo, ele apresenta por si; antes de suplicar perdão para o povo, ele suplica para si; antes de exigir santificação do povo, ele tem que estar santificado. Enfim, verdadeiro sacerdote é aquele que representa o povo diante de Deus e, para desempenhar seu ofício, o verdadeiro sacerdote, tem que ter sua vida totalmente em dependência do Espírito Santo de Deus.
O sacerdócio é um ofício que exige um chamado de Deus. Ninguém pode ser designado para este ofício sem que esteja devidamente qualificado, habilitado e convocado por Deus. Na antiga aliança a sucessão sacerdotal era de pai para filho, mas não tinha as características de nepotismo, o pai (sacerdote) instruía, ensinava e preparava o filho para o oficio, e, imprimia na consciência do filho sobre a responsabilidade diante do povo e de Deus. Hoje, as funções ministeriais eclesiásticas foram transformadas em cargos e distribuídas a revelia, e, com isso, o que mais vemos são pessoas exercendo funções nas igrejas sem a mínima condição e capacitação espiritual, e, muito menos, tendo recebido de Deus, um chamado. Vemos homens e mulheres, jovens ou adultos, desempenhando funções de suma importância nas igrejas, sem a mínima qualificação. Não estou dizendo que todos devem ser teólogos, mas que, no mínimo, se conheça a Bíblia.
Pior do que alguém indicar uma pessoa incapaz para uma função de grande responsabilidade, é, essa pessoa incapaz, aceitar a “nomeação” conhecendo suas limitações.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.