Jesus, o Sumo Sacerdote de vida santa.
Hebreus 5: 7
“O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.”
Há uma diferença muito grande entre ter conhecimento do sofrimento alheio e ser participante deste sofrimento.
Eu não emprego minhas opiniões de maneira generalizada, sei perfeitamente que em toda regra há exceções. Por isso, quando expresso meu parecer, não incluo todas as pessoas, igrejas, ou crentes, pois, sei perfeitamente, que Deus sempre preservou, para Si, o remanescente.
Os sacerdotes no passado, eram homens, particularmente, designados por Deus para tal ofício. Pois, o que Deus desejava era que, nestes homens, se pudesse perceber, por mínimo que fosse, um reflexo do sacerdócio de Jesus Cristo. Deus sempre conheceu os limites, fraquezas e imperfeições humanas, contudo, mesmo sabendo da incapacidade humana em atingir o nível espiritual que Ele esperava, Deus separava os que mais se aproximavam dos seus parâmetros.
Nenhum sacerdote da antiga aliança oficiou seu sacerdócio com tanta dedicação e amor como Cristo, eles exerciam seus ministérios dentro de uma perspectiva estritamente racional. O objetivo era exercer a função de modo que não maculasse os dogmas religiosos, estes dogmas, sempre estiveram, no conceito das igrejas que agem apenas como instituição, acima de qualquer doutrina bíblica. Sendo assim, os sacerdotes da antiga aliança, não se importavam com sentimentos e sofrimentos alheios, mesmo por que, naquele tempo, a miséria e sofrimento estavam atrelados a uma vida pecaminosa. Tal qual como no passado, hoje, se algum irmão cai em alguma desgraça, não importando o tipo e intensidade, ele é “esquecido” dentro da igreja. A grande maioria dos crentes não sabe lidar com quem peca, a primeira atitude que se toma é abandonar o “pecador”, o “membro” é desprezado como que se fosse inútil no corpo. Não interessava ao sacerdote, no passado, se o pecador teria seus pecados perdoados ou não, a “parte” dele, o sacerdote, faria de forma irrepreensível. Ao sacerdote não interessava quão contristado o pecador podia estar, do seu ponto de vista, ele não estava ali para se envolver com os sentimentos espirituais do pecador, mas, apenas, para realizar um ritual.
O versículo base do texto, provavelmente, está fazendo menção da agonia de Jesus no Getsêmani. Naquele momento, Jesus, estava experimentando a maior agonia e angústia que qualquer outro ser humano jamais experimentou. A sua agonia e angústia não era por algo que já estivesse vivendo, mas por aquilo que viria em seguida. A sua agonia e angústia não era pelo sofrimento extremo e dores insuportáveis que se abateriam sobre seu fragilizado corpo humano. A sua agonia e angústia não foram motivadas pela dúvida se Ele suportaria o peso da cruz ou o sonido do bater do martelo sobre os cravos que lhe rasgariam a pele e a carne.
Com toda certeza, a agonia e angústia de Jesus Cristo, ali no Getsêmani, era por saber que muitas pessoas olhariam para o seu sacrifício e, o contemplariam apenas como um espetáculo. Que muitos crentes, olhariam para Ele, e o veriam apenas como um mártir ou herói. Que muitos crentes, em vez de serem gratos, por que Ele padeceu tudo aquilo para nos livrar do peso da Lei, julgam que o que Ele sofreu foi um exagero, pois os seus “pecadinhos” poderiam ser “pagos” com pombas e rolas. A sua agonia e angústia era por causa da rejeição de Israel, bem como, por saber que a sua Igreja, no futuro, se comportaria da mesma forma.
Glórias sejam dadas ao Deus Pai, que ouviu a sua súplica e o socorreu naquela hora. Deus não o fez contornar o problema, mas amparou-O ternamente, ajudando-O naquele tão terrível momento.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.