Jesus, um sacerdócio eterno.
Hebreus 7: 17
“Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque”
Na ordem sacerdotal levítica não estava previsto a ordenação de um sacerdote-rei. Nenhum rei de Israel exerceu essas funções simultaneamente, aliás, aqueles que tentaram oficiar alguma cerimônia de culto, sofreram severas sanções. Mediante isso, a Bíblia sempre apontou, no Velho Testamento, que alguém de uma ordem superior e diferente da levítica, seria ordenado Sacerdote-Rei, contrariando as limitações existentes na ordem levítica. Seu sacerdócio seria exercido apoiado pela sua Realeza, Justiça, Imutabilidade e Legitimidade.
Veremos a seguir alguns pontos divergentes entre a ordem sacerdotal levítica e a ordem de Melquisedeque. Começaremos pela legitimidade do ofício sacerdotal.
A ordem sacerdotal levítica, só poderia ser legitimada mediante a comprovação da genealogia daquele que sucederia no ofício o sacerdote atuante. Nenhum membro de qualquer outra tribo de Israel, podia exercer o ofício sacerdotal, somente os da tribo de Levi tinham essa prerrogativa. Mas, não bastava falar que era levita, tinha que atestar com a genealogia para legitimar a ordenação.
Melquisedeque é uma figura que tipifica Jesus Cristo, pois, pela falta de informações sobre seu início e fim, vemos nele, características que revelam atributos de Jesus Deus. A falta de informação sobre o início e fim de Melquisedeque, sugere que ele seja eterno, assim como nosso Senhor Jesus o é. Não obstante, a falta de informações não foram obstáculos para legitimar sua ordem, da qual Moisés atestou no livro de Gênesis.
O segundo ponto a observar é a imutabilidade. Na ordem levítica, isso era impossível, pois não existem homens eternos. Todos temos um tempo determinado, por Deus, de vida. Ao ponto que as sucessões ocorriam na ordem levítica, também as leis iam sendo moldadas de acordo com o caráter do sacerdote substituto, ou seja, uns, as vezes agiam com complacência e, outros com severidade extrema na aplicação da lei. Tendo Jesus como sacerdote eterno, não corremos esse risco. A qualquer tempo que nos chegarmos a Ele, Seu semblante e sua maneira de agir, serão sempre os mesmos. Jesus em tempo algum nos tratará conforme nossos atos merecem, sempre usará da sua misericórdia e graça.
Conforme já abordamos no parágrafo anterior, os sacerdotes da ordem levítica nem sempre agiam com justiça, que é o terceiro ponto, para com os pecadores. E, com certeza, se o pecador fizesse parte do circulo de amizades do sacerdote suas penitências não seriam tão penosas. Tal qual como vemos nos nossos dias, pecados sendo tratado de acordo o nível social, financeiro e cultural do pecador. Jesus como nosso sumo sacerdote, hoje, Ele apela junto ao Pai por todo e qualquer pecador, mas chegará um dia em que Ele não agirá mais como sacerdote. Nesse dia, Ele não estará apelando pelos pecadores, mas julgando-os.
Por fim, nenhum sacerdote da ordem arônica foi rei ou pertenceu a alguma dinastia que reinou sobre Israel, mas Jesus, por pertencer a uma ordem diferente da de Arão, foi feito sumo sacerdote e, contra a sua ordenação não há argumento que possa invalidá-la, bem como, Ele é Rei porque pertence a linhagem de Davi e, sua genealogia valida seu trono. Assim, Jesus, tanto é sacerdote como, também é Rei eternamente.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.