O cristão deve reconhecer as autoridades constituídas.
I Pedro 2: 17
“Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.”
No decorrer desta semana, estaremos falando sobre um assunto que, como tantos outros, causam em alguns, repugnância, em outros extrema satisfação e em outros não influi em nada. Só de pronunciar a palavra, o conceito que muitos tem é de que todos são, invariavelmente, corruptos. A classe é vista, pelo menos aqui no Brasil, com maus olhos e, de uma forma quase que generalizada, todos são “farinha do mesmo saco”. Todos eles legislam ou governam em causa própria, os seus interesses, na maioria escusos, são pessoais em detrimento ao do povo. Criam e aprovam leis que lhes beneficiam, sem se incomodarem com a opinião pública.
É isto mesmo, meus queridos. Esta semana o assunto envolve a política e os políticos. Não exporemos opiniões e pareceres, mas tão somente o que a Palavra de Deus nos fala sobre o assunto.
Deus ao criar o homem lhe outorgou autoridade para governar sobres as coisas, não entenda o governar como ter as coisas sob seu domínio, o que a palavra significa é administrar. Enquanto andou na obediência a Deus, Adão administrou o Édem com maestria, falhando apenas no governo da sua própria casa. José foi elevado, por Deus, a ser o segundo homem em poder no Egito, sendo submisso apenas ao Faraó; Neemias, depois de tanto anos servindo ao rei como copeiro, foi recompensado, por Deus, com um alto cargo político, o qual ele executou com a mais profunda fidelidade e inquestionável responsabilidade; Daniel, expatriado ainda muito jovem, viveu toda sua vida em terra estrangeira, foi ensinado em todo conhecimento babilônico, mas nunca se desviou dos princípios éticos morais e espirituais de seu povo. De exilado, foi, por Deus, posto como governador de toda a província da Babilônia. Como podemos ver, a Bíblia não condena nem proíbe a política e os políticos, muito pelo contrário, todos os que governam, estão nesta posição por permissão de Deus, ora, se Deus permitiu, nós como seu povo devemos honrá-los e respeitá-los enquanto estiverem agindo com honestidade e sobriedade.
Conquanto, deve haver em nós, crentes, esse sentimento de honrar os governantes, devemos interpretar de maneira adequada o que o apóstolo Pedro está nos dizendo com estas palavras. Honra é um princípio de comportamento do ser humano que age baseado em valores como a honestidade, dignidade, ousadia e outras características que são consideradas, socialmente, virtuosas. Honrar os governantes é reconhecer sua autoridade nos cargos que ocupam, porém, o reconhecimento desta autoridade não implica em submeter-se a ela, caso ela esteja sendo exercida com tirania.
Honrar não é fazer concessões. Honrar não é ser conivente. Honrar não é fazer vista grossa aos governantes impiedosos e nem coadunar com as ideologias que afrontam e contrariam a Palavra de Deus. Honrar não é dar um voto de confiança a homens e mulheres amorais, inescrupulosos, enganadores, demagogos e incrédulos em tudo que diz respeito a Deus. Honrar não é fazer do púlpito da igreja um palanque para campanhas políticas. Honre-os, orando por eles constantemente.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.