A santidade dos sacerdotes.
Levítico 8: 9
“E pôs a mitra sobre a sua cabeça e na mitra, diante do seu rosto, pôs a lâmina de ouro, a coroa da santidade, como o SENHOR ordenara a Moisés.”
Embora, Levítico contenha uma grande parte da lei, ele é apresentado em formato histórico. Imediatamente após Moisés ter supervisionado a construção do tabernáculo, Deus veio em glória para habitar ali. Levítico começa quando Deus chama Moisés do tabernáculo e termina com os mandamentos dados por Deus a Moisés na forma de legislação OBRIGATÓRIA.
Assim como não existiu para Israel uma regra absoluta para cultuar a Deus, para a igreja, mesmo nos dias de hoje, também não existe uma regra estabelecida ou qualquer doutrina bíblica que obriga que o culto siga um parâmetro divino. Não é, e nunca foi, o ritual que chama a atenção de Deus para o adorador, mas o próprio adorador. As instruções do livro de Levítico nunca tiveram a intenção de estabelecer uma regra para o culto, não era para estabelecer uma liturgia padrão, todas as orientações estão voltadas para os que cultuam e não para o culto em si mesmo.
E, quando essas orientações foram passadas para Moisés, o objetivo era que Israel entendesse que eles tinham que ser diferentes em tudo, de todos os povos em redor, principalmente dos egípcios. Deus não desejava ser cultuado pelo seu povo da maneira como eles tinham aprendido no Egito, Ele queria uma adoração sincera, vinda de alguém fiel, por isso, estabeleceu “regras” que não podem ser quebradas ou adulteradas.
As exigências estabelecidas como conduta para o sacerdote, tinham por finalidade conscientizar o sacerdote da imensa responsabilidade que lhe pesava sobre os ombros. A função sacerdotal não podia ser vista como corriqueira, rotineira ou ingrata. Os deveres sacerdotais deveriam ser vistos como extrema importância, a ponto de que, se o sacerdote agisse com negligência, ele traria sobre si a morte. Não eram os trajes e muito menos os rituais que faziam o sacerdote, antes, cada sacerdote deveria ser homem irrepreensível moralmente e sem qualquer, por mínimo que fosse, defeito físico.
Todo o ritual do sacerdócio levítico, evidencia que Deus não recebe um culto oferecido de qualquer maneira. Tanto a oferta quanto o ofertante devem cumprir com as exigências divinas. Nosso Deus por ser Santo, não aceita diante de Si, algo que não venha de um santificado (separado) e o que é ofertado tem que estar nas mesmas condições de santificação.
Santificação, não significa que o pecado está morto no crente, mas sim que, o crente está definitivamente morto para ele. Santificação significa que uma mudança radical deve ser efetuada nos crentes no que diz respeito ao pecado. Antes vivíamos no pecado e amávamos o pecado, e concordávamos com o pecado, agora estamos mortos para o pecado de forma que não mais apresentamos nossos membros para servirem à imundícia e à maldade, mas para servirem à justiça para a santificação.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências: Bíblia de Estudo Macarthur
Santificação como um princípio – Herman Hoeksema