A função clínica do sacerdote.
Levítico 13: 3
“E o sacerdote examinará a praga na pele da carne; se o pêlo na praga se tornou branco, e a praga parecer mais profunda do que a pele da sua carne, praga da lepra é; o sacerdote, vendo-o, o declarará imundo.”
O melhor caminho para a cura definitiva de alguma enfermidade é aquele cujo diagnóstico seja expedido por alguém capacitado. Não se medica o doente sem que antes seja dado um diagnóstico compatível com os sintomas. Afinal, como é possível receitar um tratamento eficaz sem fazer um diagnóstico preciso?
A função do sacerdote levítico não se limitava ao Tabernáculo. Pesava sobre ele responsabilidades que, hoje em dia, são destinadas a pessoas especificamente capacitadas para exercerem, mas que naquele tempo, era o sacerdote quem exercia. Haviam algumas doenças que, depois de diagnosticadas, não bastava apenas tratar e depois voltar ao cotidiano. Quem diagnosticava, apontava o procedimento de tratamento e atestava a cura ou a reincidência da doença era o sacerdote. Ninguém, mesmo depois de curado, como no caso do leproso que Jesus curou, podia retornar ao convívio social, sem que antes o sacerdote o examinasse, e oferecesse uma oferta pela cura.
A lepra da qual o livro de Levítico fala, se aplica a diversas enfermidades da pele e, não exclusivamente a Hanseníase de hoje, porém, a Bíblia chama de lepra todas essas enfermidades por uma razão muito simples: o Senhor fala da lepra fazendo uma alusão ao pecado, sendo assim, não importa qual a dimensão e gravidade da doença, tanto ela como o doente devem ser extirpados do meio do povo até que se verifique a cura.
A gravidade da doença (pecado) reside exatamente neste ponto, pois, o que o doente (pecador) ainda não entendeu é que ele está sendo expulso da presença de Deus e não somente sendo excluído da denominação.
E, porque só o sacerdote podia dar o diagnóstico?
A resposta será de maneira interpretativa e não literal. Não se define o pecado por sentimentos, nem por filosofias, mas somente por Deus, na Sua lei, no Seu desejo e na Sua vontade. É através das Escrituras que inferimos esse fato de modo mais concreto. Embora, na melhor das hipóteses, o coração do crente perceba o que é o pecado, sua sensibilidade espiritual para com o bem e o mal precisa ser aprimorada. O que o Senhor Deus deseja é que conheçamos a natureza do pecado e lidemos com ele (o pecado) da maneira como Ele (Deus) quer que lidemos. O coração tem sido desesperançosamente corrupto e pode ser cauterizado. Pode, também, sentir falsa culpa. Assim, os sentimentos subjetivos jamais devem ser colocados acima da Palavra objetiva e escrita de Deus.
O pecado não é um problema superficial que pode ser resolvido com simples curativos, como quem tenta curar um câncer com creme hidratante. O pecado vem de dentro, da natureza humana decaída, e, a menos que o coração seja transformado, o problema do pecado não pode ser resolvido. Aqueles que falam da “bondade inerente do ser humano” não conhecem nem a Bíblia e nem o próprio coração.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Comentário Bíblico Expositivo Antigo Testamento – Warren W . Wiersbe
Glória DEUS
Sempre maravilhoso aprender a palavra do SENHOR