Nadabe e Abiú no santo ministério

Êxodo 28: 1

“Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.”

Certa vez ouvi um irmão dizer que aos “crentes” que dão trabalho nas igrejas, nós devemos dar trabalho a eles. A filosofia deste irmão é de que, se o irmão “trabalhoso” estiver trabalhando, ele não vai dar trabalho. Não podemos tomar isso como via de regra, pois o que deu certo com um, pode não funcionar com outros. Nem todos tem a mesma capacidade de assimilar o que lhe está sendo oferecido. Uns tomarão isto como oportunidade de melhorarem, porém, outros verão nesta oportunidade a possibilidade de “decolarem” espiritualmente.

O cristianismo vem sendo depredado pelo homem desde o seu nascimento, e hoje, chegamos a um nível alarmante, pois a quantidade de incrédulos é maior, dentro das igrejas, do que o número de fiéis. No passado a proporção era de que os falsos profetas e ensinadores estavam infiltrados na congregação dos santos, hoje, … ah, meu irmão! … Hoje o que vemos são os poucos remanescentes se esforçando para sobreviverem em igrejas abarrotadas de adoradores com fogo MUITO ESTRANHO.

Nadabe e Abiú não foram escolhidos a esmo para o ministério sacerdotal. Suas nomeações não estavam embasadas única e exclusivamente na ascendência familiar. Não, apenas, bastava serem filhos de Arão, deveriam estar qualificados especificamente em algumas áreas para exercerem a honrosa função. Eles foram devidamente instruídos em toda “teologia” e estavam qualificados, tanto física quanto espiritualmente. O conhecimento que ambos tinham acerca da liturgia do culto, do perfil dos sacerdotes, das exigências divinas e das penalidades decorrentes da desobediência, era profundo. Eles não assumiram um compromisso sem conhecer as responsabilidades, e, como escreveu o Pr Claudionor, eles eram homens letrados, criteriosamente instruídos e tinham plena consciência do que estavam assumindo.

Embora, Deus não requeira que seus servos tenham uma qualificação catedrática para assumir as funções em Sua obra, Ele exige dos que assumem, uma postura de submissão à Sua vontade. O que isso quer dizer? Isso quer dizer que toda e qualquer pessoa que assume um ministério na igreja de Cristo, deve fazê-lo, estando plenamente consciente dos deveres e obrigações concernentes ao ministério, bem como das severas consequências decorrentes da condução inadequada da obra do Senhor.

Os que tem função na casa de Deus, jamais podem se esquecer de que a obra é de Deus. Não estamos falando de liturgia, pois, mesmo que não haja um modelo bíblico padrão de culto, isso não quer dizer que podemos apresentar diante de Deus um culto cheio de elementos que desabonem oferta e ofertante. Nenhum homem (ou mulher) de Deus, independente da função ou cargo que ocupa, tem autonomia para substituir os elementos do culto.

Fomos chamados para realizar um trabalho que, antecipadamente, já tem um cronograma e não para “inventar” moda.

Deus te abençoe.
Graça e Paz.