O holocausto como ação de graças
I Samuel 6: 14
“E o carro veio ao campo de Josué, o bete-semita, e parou ali; e ali estava uma grande pedra; e fenderam a madeira do carro e ofereceram as vacas ao SENHOR, em holocausto.”
São inúmeras as dificuldades criadas pelo próprio homem, que dificultam sua aproximação de Deus. Nunca foi e, nunca será a intenção de Deus que existam barreiras que, por menores que sejam, impeçam um relacionamento mais intimo conosco. Não é uma cerimônia repleta de formalismo que nos une ao Pai. Não é um ritual com todo seu legalismo que nos proporciona comunhão. Não é só a reverência no culto que nos caracteriza como igreja de Cristo. A contrição não é caracterizada apenas pelas lágrimas de uma pessoa.
O texto da Escritura Sagrada que fazemos menção no artigo de hoje, está inserido no episódio quando a arca é devolvida pelos filisteus, e quando as vacas chegam até onde estavam um grupo de trabalhadores num campo e havia ali uma grande pedra que serviu como altar para holocausto. Do ponto de vista religioso e, se tivessem que seguir rigorosamente o ritual litúrgico, podemos dizer que aquele culto, prestado por aqueles homens, estava totalmente fora dos padrões. O local era impróprio; os animais eram proibidos para o sacrifício; e, as pessoas inadequadas para o ofício.
Uma coisa que poucos israelitas discerniram é que acima das formalidades do culto, dos padrões legais dos sacrifícios e das características de cada oferta, deveria o ofertante, acima de tudo isso, estar plenamente consciente do que estava fazendo. Deus nunca requereu um culto para Si, que fosse oferecido mecanicamente ou que as pessoas oferecessem apenas para cumprir as legalidades religiosas. Obrigatoriamente, tinha e tem que haver o entendimento, o discernimento espiritual do ato. Deus não necessita de culto para ser Deus, mas aqueles que entendem o que Deus fez por eles, se sentem constrangidos a cultuar-Lhe.
Aqueles homens não olharam para as condições em que se encontravam, quando viram o que as vacas traziam sobre o carro, não perderam tempo. “Não somos sacerdotes, não estamos no tabernáculo, contudo, não podemos deixar que essa oportunidade passe sem que cultuemos nosso Deus”. E além disto, os filisteus esperaram para ver qual seria a reação deles ao receberem a arca novamente.
Templos suntuosos nunca foram e nunca serão a morada literal de Deus. “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens”, isso quer dizer que independente das condições dos templos, literalmente falando, eles nunca serão a morada de Deus. O templo que Deus quer habitar foi feito pelas mãos dEle – é você, sou eu, somos nós.
Não precisamos estar no templo (igreja) para adorar nosso Deus, certamente Ele receberá nosso culto onde estivermos, sem a necessidade da liturgia.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.