O sacrifício de Ana.
I Samuel 1: 24-28
“E, havendo-o desmamado, o levou consigo, com três bezerros e um efa de farinha e um odre de vinho, e o trouxe à Casa do SENHOR, a Siló. E era o menino ainda muito criança. E degolaram um bezerro e assim trouxeram o menino a Eli. E disse ela: Ah! Meu senhor, viva a tua alma, meu senhor; eu sou aquela mulher que aqui esteve contigo, para orar ao SENHOR. Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido. Pelo que também ao SENHOR eu o entreguei, por todos os dias que viver; pois ao SENHOR foi pedido. E ele adorou ali ao SENHOR.”
O voto bíblico expressa a ideia de uma promessa verbal feita, geralmente, mas não exclusivamente a Deus. O voto é uma obrigação assumida voluntariamente. Os votos do Antigo Testamento parecem adotar três formas básicas: do tipo de barganha, atos de abnegada devoção, e aqueles que têm como finalidade a abstenção. Os acordos eram feitos com Deus sob a forma de votos para assegurar sua presença, proteção, provisão etc. As promessas feitas sob essas circunstâncias eram sempre condicionais. Veja o texto bíblico acima.
Certas leis do Antigo Testamento governavam os votos. O escopo dessas leis indica como eles eram vitais para os judeus.
Levítico 7.16,17 – a carne dos sacrifícios deveria ser guardada apenas por dois dias.
Levítico 22.17-25 – todos os sacrifícios deveriam ser sem mácula.
Levítico 27 – um apêndice de leis relacionadas com votos e dízimos.
Números 30 – o cumprimento dos votos era obrigatório, e não opcional.
Números 15.1-10 – o sacrifício deveria acompanhar um voto.
Deuteronômio 12 – os votos deveriam ser controlados pelas leis do santuário central.
De uma forma superficial, mas esclarecedora, vimos que o voto bíblico é assunto sério. Não é uma coisa feita entre homens que se quebra por motivos banais e fica por isso mesmo, um voto feito a Deus é o mesmo que um acordo feito sob o aval de testemunhas e registrado em cartório. Da parte humana, pode ser que alguém quebre o acordo, todavia, da parte de Deus ele é válido por toda eternidade.
Embora em algumas ocasiões alguns votos bíblicos se assemelhem demasiadamente com uma barganha, sua finalidade era oferecer algo ao Senhor que demonstrasse um sacrifício, um esforço sobre humano, para receber do Senhor algum benefício. Foi o caso de Ana, ela era estéril e Penina a oprimia por causa desta situação, não suportando mais a situação humilhante ela fez um voto ao Senhor. E foi um voto que podemos definir como sendo ousado, pois, quem em sã consciência sendo estéril, pediria um filho a Deus para oferece-lo perpetuamente ao serviço divino? Somente com muita fé é que os que servem a Deus ousam fazer esse tipo de voto.
A grande maioria dos votos feitos hoje em dia, são voltados para a questão financeira. O que existe de crente fazendo voto para prosperar financeiramente é assombroso e, para piorar os termos do voto que fazem, aquilo que oferecem em troca do “benefício” recebido não pode ser visto como um “sacrifício” ou esforço, isto é, pedem prosperidade para devolverem o dízimo, como se o dízimo já não fosse um dever moral do crente devolver a Deus.
Ana votou com ousadia, e digo isso, porque ela não pediu muitos filhos para oferecer um, ela pediu um menino para o oferecer a Deus, o resultado da fidelidade do voto de Ana foi o nascimento de mais cinco filhos.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Dicionário Bíblico Wycliffe
Muito obrigado pelo estudo
Deus abençoe sua vida e da sua família.
Graca e paz