O acendimento das lâmpadas.
Êxodo 30: 7-8
“E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando põe em ordem as lâmpadas, o queimará. E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o SENHOR pelas vossas gerações.”
O candelabro, pelas suas especificações, devia ser uma peça de extraordinária beleza. A sua utilidade era de primordial necessidade dentro do Lugar Santo. A chama das lâmpadas arderia de forma inextinguível, provendo para o sacerdote iluminação adequada e suficiente durante seu ofício. Era a única fonte de luz do lugar.
A luz produzida pelo candelabro, embora as pessoas tivessem conhecimento da sua existência, não podiam vê-la, somente o sacerdote podia contemplar o seu fulgor. O brilho produzido pelas lâmpadas do candelabro, a beleza do candelabro e a sua posição dentro do Lugar Santo, eram informações que o sacerdote passava para o crente hebreu, pois este era impedido de entrar na Tenda.
A tipologia do candelabro, que é também chamado nas Escrituras Sagradas de “castiçal”, “candeeiro”, “candeia”, ou simplesmente “lâmpada”, é riquíssima – passa por Cristo, pela Igreja e também pelo Espírito Santo.
Jesus declarou que Ele é a luz do mundo, e que todo aquele que o segue não andará em trevas, entretanto, o seguir que Ele se referiu, não é de simplesmente andar atrás dEle, mas sim, em ir após Ele praticando o que Ele praticou estando neste mundo. Apesar de o mundo saber que Jesus é a luz, ele não tem comunhão com ela e, por isso, está em trevas.
A igreja (neste caso, me referindo a igreja fiel) está em unidade perfeita com Cristo. As hastes laterais ocas, ligadas a haste principal, alimentavam suas lâmpadas com o azeite através do pavio. O cuidado do sacerdote em manter abastecido o candelabro era rigoroso. Nenhuma igreja que se caracterize como cristã, sobrevive sem Cristo. A igreja não tem luz própria. A luz que dela emana e que serve como farol para o mundo, tem origem em Cristo.
As hastes laterais, simbolizando a igreja como corpo, tem a mesma medida, indicando que não existe crente “melhor” ou “maior” que o outro. Indicando também o amor fraternal e a comunhão perfeita com Cristo. O mundo vê em nós uma luz que não é produzida por nós mesmos, mas sim um reflexo do brilho de Cristo. E, se isto não está acontecendo, devemos fazer, urgentemente, um reparo em nossos “pavios”. O problema não está nas hastes, não está no candelabro, não está no azeite e nem nas lâmpadas. VERIFIQUE SEU “PAVIO”.
O Espírito Santo é o “combustível” que mantém as lâmpadas alimentadas, a luz não se estingue. Ele queima na medida certa, por isso não tem uma lâmpada brilhando mais que a outra, todas tem o mesmo nível de intensidade luminosa. É o Espírito Santo que age em cada crente de forma individual, e na Igreja como um todo, para que se possa refletir a luz de Cristo neste mundo, levando todos a glorificarem o Seu nome.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.