O altar do incenso.

Êxodo 30: 1-10
“E farás um altar para queimar o incenso; de madeira de cetim o farás … … E o porás diante do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me ajuntarei contigo. E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando põe em ordem as lâmpadas, o queimará. E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o SENHOR pelas vossas gerações. Não oferecereis sobre ele incenso estranho, … … santíssimo é ao SENHOR.”

O altar para queimar o incenso media cerca de 45 centímetros quadrados por cerca de 90 centímetros de altura. A madeira de cetim (acácia) era revestida com puro ouro, e todas suas partes, inclusive a coroa de ouro, também eram revestidas de ouro. Seu transporte se dava como a outra mobília por meio de varais enfiados em argolas de ouro.

Este altar de ouro ficava diante do propiciatório, perto da arca, mas à frente do véu. Tinha necessariamente de estar no Lugar Santo, visto que o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo somente uma vez por ano e o incenso devia ser queimado diariamente. Era neste altar que Deus se encontrava particularmente com a pessoa que, dia a dia, oferecia o incenso.

Na Bíblia, queimar incenso, com frequência, é uma imagem da oração. “Suba à tua presença a minha oração, como incenso“, orou Davi, e João viu os anciãos no céu com “taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos“. Sempre que o sacerdote queimava incenso, era um chamado para que o povo tivesse um tempo de oração. O fogo para o altar do incenso vinha do altar de bronze, em que eram oferecidos os sacrifícios a Deus. Isso indica que a verdadeira oração deve basear-se na obra de Cristo na cruz e em nossa completa consagração a Deus. O verdadeiro fervor na oração não é uma emoção religiosa que criamos em nós mesmos; antes, é uma bênção que Deus nos dá ao nos entregarmos a ele.

A oração que não é feita de coração é absolutamente ineficaz, mas, “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. A fim de agradar a Deus e de não correr risco de vida, o sacerdote devia usar não apenas o fogo correto no altar, mas também uma mistura específica de especiarias para o incenso – “Disse mais o SENHOR a Moisés: Toma especiarias aromáticas, estoraque, e onicha, e galbano; estas especiarias aromáticas e o incenso puro, em igual proporção; E disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado, puro e santo”.

A oração não é simplesmente uma porção de palavras que colocamos todas juntas na esperança de que serão ouvidas por Deus e respondidas. A Bíblia apresenta alguns dos “ingredientes” da oração – adoração, confissão, ação de graças, petição e submissão. Estejamos certos de uma coisa, o sacerdote não corria para dentro do tabernáculo, acendia rapidamente o incenso e depois saía às pressas. Sem dúvida, ele se preparava e se aproximava do altar com reverência, sabendo que estava na presença do Deus Santo.

Os sacerdotes foram avisados para não usarem esse altar de ouro para qualquer outro fim senão queimar o incenso, isso significa que não existe nada que possa substituir a oração. Não há volume de sacrifícios que possa substituir a oração. O altar de ouro não era um lugar para negociar com Deus nem para tentar fazê-lo mudar de ideia. Era um lugar para adorá-lo e orar, dizendo: “Seja feita a tua vontade“.

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Comentário Bíblico do Antigo Testamento – W. W. Wiersbe