O incenso é a oração dos santos.
Apocalipse 5: 8
“E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.”
Quando Deus deu todas aquelas instruções para Moisés, acerca da liturgia que o sacerdote deveria seguir a rigor, Ele o fez na expectativa de que os homens assimilassem a mensagem inserida em todo o processo litúrgico e não se prendessem aos aspectos estritamente cerimoniais deste. O que Deus queria era que discernissem que, em todo o processo litúrgico do tempo levítico, bem como o de hoje, o que importa é o tipo de relacionamento que a pessoa tem com Ele e, não todas as formalidades litúrgicas.
E, quando nosso relacionamento com o Eterno Deus está em ordem, podemos chegar com confiança diante do Seu magnifico trono, sabendo que em tempo oportuno Ele nos socorrerá. Chegar com confiança não é somente ter a certeza de que seremos ouvidos, mas, de que seremos, também, recebidos. Chegar com confiança é estar plenamente satisfeito apenas com o fato de estar na presença de Deus, mesmo que nossa oração não seja atendida naquele momento.
As instruções que Moisés recebeu do Senhor, apontavam para o que o sacrifício de Jesus proporcionaria ao homem pecador. Todo o Tabernáculo como uma figura do sacrifício de Jesus, nos mostra que para o sacerdote chegar até ao altar do incenso, ele deveria ter sido apto em todo o processo que tinha inicio não somente a partir do altar de bronze, mas desde a porta de entrada do Tabernáculo. O percurso da porta de entrada do Tabernáculo até ao altar do incenso, que era o ultimo “estágio” para se chegar a presença de Deus, só era percorrido por aqueles que tinha entendido, com muita clareza, a mensagem que transmitia toda a liturgia.
Conforme vemos nas Escrituras Sagradas, nem todo Israel entendeu aquela mensagem. Foram bem pouco o numero de israelitas que entenderam, que discerniram, que assimilaram a mensagem transmitida. A mensagem dizia: “Não são os animais, não é o mobiliário e, tampouco são os utensílios e incensos que são a causa do vosso perdão, mas a misericórdia de vosso Deus”. Assim, quando o sacerdote estava diante do altar do incenso representando o pecador, em seu coração ele tinha plena convicção de que tinha chegado até ali, não por causa da aparência ou qualidade do animal e nem pela composição laboriosa do incenso, mas somente, e tão somente, pela Graça e Misericórdia de Deus.
Infelizmente, vemos, nos nossos dias, crentes que estão intimamente presos aos rigores da liturgia levítica. Firmemente creem que se realizarem algumas tarefas que se aplicam tão somente a liturgia, serão aceitos na presença de Deus. São pessoas que vivem numa vida de pecados e ainda se sentem instrumentos nas mãos de Deus. Tais pessoas julgam que ao entrarem pelas portas das igrejas seus pecados não entram com elas.
Chegar com confiança diante do altar do Senhor, é, após examinarmo-nos, concluirmos que estamos em condição de ser recebidos.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.