Fácil para uns, difícil para outros.
Mateus 13: 13-15
“Por isso, lhes falo por parábolas, porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviu de mau grado com seus ouvidos e fechou os olhos, para que não veja com os olhos, e ouça com os ouvidos, e compreenda com o coração, e se converta, e eu o cure.”
Ninguém esteve melhor preparado, e ninguém se mostrou mais idôneo para ensinar do que Jesus. No que toca às qualificações, bem como noutros mais respeitos, Jesus foi o mestre ideal. Isto é verdade tanto visto do ângulo divino’ como do humano. No sentido mais profundo, Jesus foi “um mestre vindo da parte de Deus”.
O elemento mais importante na qualificação de qualquer professor é justamente aquilo que ele é em si. Todos reconhecemos que um só exemplo vale por cem ou mil conselhos. “Aquilo que você é tem que falar tão alto que ninguém pode ouvir o que você diz.” A melhor encadernação para os Evangelhos não são as capas de luxos das Bíblias, mas sim, a pele humana.
Todo aquele que recebe o ministério de ensinar, deve sentir bem fundo em seu coração que sua pessoa é a lição que mais apela ao coração do aluno. A influência inconsciente é mais poderosa do que a consciente. As palavras do professor só chegam até onde as projeta a força propulsora duma vida piedosa. É o peso do machado que o faz penetrar mais fundo na árvore que se quer derrubar. Por isso o professor de Escola Bíblica Dominical deve ser alguma coisa para poder eficientemente dizer alguma coisa. “A vida do professor é a vida’ do seu ensino.”
Um dos elementos essenciais para a qualificação de um professor é o interesse que deve ter pelo povo e o desejo de servi-lo bem, de ajudá-lo. Sem esta qualidade, o mestre será “como o metal que soa, ou como o címbalo que retine”, muito embora conheça bem a Bíblia, o discípulo e os métodos de ensino. Nada pode suprir a falta de interesse pelo bem-estar de nossos semelhantes. Saber enfrentar uma grande classe, possuir boas estatísticas, ou conhecer de sobejo os melhores métodos de ensino não constituem substituto apropriado para aquele profundo interesse que devemos ter pelo próximo.
Por outro lado, amando e desejando servir bem a nossos alunos, teremos suprido em boa parte as deficiências de conhecimentos e de técnica. Mais cedo ou mais tarde, os discípulos compreendem esse amor e interesse do professor, e a eles respondem. Todo o mundo ama aquele que ama. Como mestres humanos podemos demonstrar em nossa vida “o delineamento do Cristo que mora em nós”. Somente assim podemos estar na altura deste primeiro teste de habilitação ou idoneidade.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– A PEDAGOGIA DE JESUS, O Mestre por Excelência – J. M. Price