Jesus ensina uma multidão.
Marcos 4: 1-2
“E outra vez começou a ensinar junto ao mar, e ajuntou-se a ele grande multidão; de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto ao mar. E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e lhes dizia na sua doutrina.”
O fato de Jesus usar as parábolas como didática de ensino, não se fundamenta apenas na característica da facilidade de serem compreendidas, mas, principalmente, no fato de que elas retratam fielmente o Seu caráter e obra. Podemos observar isso nas seguintes parábolas:
– Na parábola dos devedores, nela vemos a graça e misericórdia; na parábola de ovelha perdida, vemos Sua paciência e zelo; na parábola do bom samaritano, vemos a Sua compaixão; na parábola dos talentos, vemos Seu poder e majestade; na parábola do tesouro escondido, vemos Seu amor; na parábola da videira, vemos Seu cuidado; na parábola da figueira, vemos Sua longanimidade; na parábola do bom pastor, vemos Sua fidelidade; e, assim por diante.
Por outro lado, as parábolas retratam com extrema fidelidade a vida de quem as ouvem. Tanto os “santos” como os “pecadores”, tem nas parábolas um retrato fiel da sua condição espiritual. Em algumas delas nos vemos como: devedores, filhos, convidados, viajantes, servos, pai de família, edificadores, solo bom e solo mau, trigo e joio, arvores, figueira, ovelha, etc. etc.
Talvez o modo mais prático de entender as parábolas, seja lê-las para o nosso próprio coração. Ainda que muitas delas sejam cheias de ensino profético e são, é mais proveitoso entender a parábola como espelho do que falta ou sobra em nossa vida. Aplicadas para o desenvolvimento do caráter e do serviço cristão individuais, as parábolas se tornam o mais valioso meio para a revelação e o incentivo. “O valor da parábola não depende da nova e diferente verdade que possamos extrair dela, mas da nossa aplicação progressiva e prática dessa verdade simples à nossa vida diária”(G. H. Hubbard). Por exemplo, ao ler a Parábola da candeia, alguém pode ver ali um auto retrato, algo do que Cristo deseja para essa pessoa, a saber, uma luz que brilha, hão em lugares ocultos, mas em todo o mundo escuro. Essa parábola leva o leitor a fazer uma pergunta ao próprio coração: “Será que ilumino como cristão?”
As parábolas de Jesus são singulares e incomparáveis. Ele tinha a habilidade de empregar todas as formas e variedades de figura de linguagem, da sua forma mais simples até a mais complexa elaboração. Nada poderia, ou pode competir com Ele, cuja percepção era tão instantânea, cuja imaginação era tão rica e cujo discernimento, tão verdadeiro.
As parábolas de Jesus estão entre as mais conhecidas e mais influentes histórias da humanidade. Até mesmo pessoas que nada sabem sobre a pessoa de Jesus acabam conhecendo as suas histórias ou, pelo menos, sentindo o impacto de expressões como “filho pródigo” ou “bom samaritano.” A importância das parábolas de Jesus é inestimável. Em nenhuma outra parte dos Escritos Sagrados, a vitalidade, a relevância e a utilidade dos ensinamentos do Mestre se mostram tão claros quanto nas parábolas.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Compreendendo todas as Parábolas de Jesus – Klyne Snodgrass
– Todas as Parábolas da Bíblia – Herbert Lockyer
Parabéns pelo conteúdo deste blog, fez um ótimo
trabalho!
Gostei muito.
um grande abraço!!!