A tentação tem também a sua fonte interna.

Tiago 1: 14
“Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.”

Pecar pode ser visto como um ato e, também, como uma situação, isto é, pelo ato da vontade humana, nos rebelamos contra a lei de Deus e, enquanto essa rebelião não é perdoada por Deus, permanecemos pecadores. Ainda que, após aceitar a Jesus como salvador e sermos justificados, regenerados e santificados, continuamos a ser vistos como pecadores, isso se deve por causa da nossa natureza humana pecaminosa que só será extirpada no arrebatamento dos salvos.

Embora Satanás seja o pai da mentira e do engano e, também, é o responsável direto por todo o mal existente no mundo, ele não deve ser responsabilizado por todas as atitudes que tomamos. Em algumas situações agimos por nossa própria vontade sem que houvesse, da parte do diabo, alguma influência.

Muitos são os desejos e pensamentos inescrupulosos que residem dentro de nós. E, você, caro leitor, não queira se escusar desta condição dizendo que em você não existe isso. Somos tentados em todas as esferas de nossa vida, e o diabo conhece qual é o nosso ponto fraco, ou os nossos pontos fracos.

Uma mentalidade carnal não é aquela que só tem inclinações para os prazeres sexuais não, uma mentalidade carnal é aquela que te inclinações para tudo aquilo que satisfaz a nossa natureza humana decaída. Desta forma, inúmeros são os pontos fracos que algumas pessoas têm. Umas em maior número, outras em menor, mas todos temos nossos pontos fracos, e vai ser exatamente nestes pontos que o diabo vai tentar. Por isso, quando somos exortados a estar vigilantes todo o tempo e o tempo todo, é porque em algumas situações cairemos em armadilhas que não foi o diabo quem armou, mas sim, as nossas ambições e desejos escusos. Vigiar o diabo e fazer resistência a ele é, para o crente fiel, uma tarefa fácil, porém, o problema maior é vigiarmos a nós mesmos.

Quantas palavras torpes que pronunciamos sem pensar; quantos gestos articulados sem discernimento; quantos pensamentos indecorosos que povoam nossa mente; quantos desejos insanos que são postos em evidência; e, por fim, quanta malícia no coração contra, às vezes, o próprio irmão. Estes são uns dos muitos engodos, pelos quais somos atraídos por causa da nossa própria concupiscência. Em alguns casos praticamos por livre e espontânea vontade como que num ato de defesa, em outros, a prática já se tornou um vício. Isso é o “velho homem” se erguendo e querendo se impor como administrador de nosso ser novamente.

Sejamos, pois, purificados de toda essa imundícia que ainda há em nós, pelo Espírito Santo de Deus.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.