Cuidado com a cobiça.
Jó 31: 1
“Fiz aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?”
Desejar, querer e, até mesmo, “ambicionar” uma vida melhor e mais confortável não é pecado, desde que se utilizem meios honestos para alcançar o que se deseja. Isso também não é reprovado por Deus, desde que não sejamos movidos por interesses escusos. Como bem sabemos, nosso Deus é dono do ouro e da prata e, aplicando-se isso na esfera financeira dos seus filhos, subentende-se que nosso Pai Celeste tem imenso prazer em ver seus filhos bem “acomodados” neste mundo, desfrutando de todas as benesses oriundas da Sua infinita graça e misericórdia. Nós, e tão somente nós, temos a responsabilidade de sermos cautelosos para que este desejo não se torne em cobiça.
Crente tem o direito de “curtir” umas férias também; tem o direito de desfrutar de momentos de entretenimento com a família e irmãos; crente tem o direito, e não deve abrir mão disto em hipótese alguma, de “relaxar” de vez em quando, isso é um processo natural para que o corpo encontre o ponto de harmonia fisiológica. Nem uma máquina exposta a trabalho ininterrupto suporta a “pressão” e, em algum momento ela vai “pifar”.
Diz a Sagrada Escritura que Davi estava descansando em seus aposentos enquanto seu exército estava numa batalha renhida. Eu já ouvi muita coisa a respeito deste comportamento de Davi, contudo, não foram nada mais do que especulações. Davi estava em casa descansando e ponto. Querer “desvendar” o que motivou Davi a ficar em casa é falar do que nos é totalmente desconhecido. Era um direito de ele descansar, ele merecia isso. O problema é que, assim como alguns crentes de hoje, Davi “relaxou” até com a sua condição espiritual. Como dissemos acima, temos o direito de nos divertir, mesmo sendo crentes, o que não pode acontecer é nos esquecermos de que mesmo na diversão continuamos sendo crentes.
Então, o homem “segundo o coração” de Deus estava descansando, mas ele continuava sendo o homem “segundo o coração” de Deus, ainda que sua postura como rei possa ser reprovável, a sua condição de servo do Deus Altíssimo deveria permanecer inalterada. Quando ele se deparou com a mulher tomando banho com a “janela aberta”, sua conduta deveria ser a de desviar imediatamente seus olhos daquela cena, fugir daquele local o mais rápido possível. Contudo, o homem “segundo o coração” de Deus demorando-se em observar aquela cena foi dominado pelo desejo ardente e irrefreável de ter aquela mulher. Cobiçou-a, e foi isto, a razão dos grandes conflitos familiares que ele enfrentou.
Mais tarde, o próprio Davi, depois de protagonizar esta amarga experiência, escreveu – “Não porei coisa má diante dos meus olhos”.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.