O Deus de Jacó usa-nos, apesar de nossas imperfeições.
Êxodo 3: 6
“Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus”.
Não há nenhum personagem bíblico que tendo sido chamado e vocacionado por Deus para exercer algum ofício, independente do que seja, que não tenha sido forjado por Deus para que, no mínimo, executasse aquilo que Ele tinha como propósito. Noé, Abraão, José, Moisés, Josué e tantos outros homens e mulheres que protagonizaram a história vivendo, ou se dispondo a viver, conforme o enredo do Autor. Ainda que não tivessem seu livre direito de escolha anulado, estes personagens, mesmo diante das mais embaraçosas situações optaram livremente por obedecer à voz de El Shadai.
Todas as pessoas no decorrer de toda a história, até mesmo em nossos dias, que se dispuseram a servir de instrumento nas mãos de Deus, tinham suas limitações e imperfeições e, ainda que estivessem teoricamente incapacitados, o Senhor os usou assim mesmo. A humanidade não está irreversivelmente corrompida, ainda há em muitos seres humanos alguma “coisa” de bom. Embora existam os que estão irremediavelmente perdidos – “Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração”, todavia, existem também, muitos que ainda tem em si o “pavio fumegando”. São estes, que mesmo em meio a tantos defeitos, Deus tem separado; moldado; e usado em Sua obra.
A Palavra de Deus nos declara que em meio à sua geração, Noé era o que mais se aproximava do que Deus esperava do homem – “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor”. Noé não era o homem ideal e, muito menos, perfeito diante de Deus, mas em meio ao que o Senhor havia declarado do mundo naqueles dias – “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração”, ele (Noé) se “encaixava” para ser o instrumento do Senhor na obra que intentava realizar.
Sobre Abraão, a Palavra de Deus assegura que ele era habitante de uma região onde o paganismo era a suprema “religião”. El Shadai convida Abraão a experimentar um estilo de vida totalmente diferente do que ele conhecia. O Senhor faz promessas a Abraão condicionadas somente num ponto – obediência. Abraão não era o melhor homem da época e, como os seus compatriotas, estava muito distante do Deus verdadeiro. Porém o El Olam não encontrou, entre os outros homens, alguém com as características de Abraão, ele, provavelmente, era o “menos pior”.
José, dentro da minha concepção, era um “arrogante” que vivia irritando seus irmãos. A causa de toda desventura na vida de José, foi a sua língua solta. A Palavra de Deus nos adverte sobre o – “tempo de estar calado e tempo de falar”, por isso, nem tudo aquilo que o Senhor nos fala, é para ser anunciado precipitadamente. José não era o mais “santo” dentre os irmãos, mas, sem dúvida alguma o El Roi escolheu usar ele (José) por que, dentre os irmãos, este era o único que tinha estrutura para suportar o que estava por vir.
Enfim, se fôssemos falar de todos os personagens da Bíblia, encontraríamos neles algum defeito ou limitação. Quando olhamos ao nosso redor, mas precisamente dentro da igreja, percebemos o quanto as pessoas são falhas, imperfeitas e limitadas, entretanto, assim como as imperfeições e limitações humanas no passado, não foram impedimentos para algumas pessoas, no passado, de serem instrumentos nas mãos de Deus, essas mesmas limitações e imperfeições continuam não sendo impedimentos hoje.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.