A mansidão se revela quando Cristo vive em nós.
Gálatas 2: 20
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”.
Compreender de fato a obra realizada por Cristo na cruz, não é um exercício que alguém consiga concluir apenas raciocinando. Sem a indispensável ajuda do Espírito Santo, ninguém pode, por si mesmo, compreender aquela magnifica obra, seu entendimento vai muito além dos livros e não depende do tempo de conversão de alguém. Ainda que entendamos intelectualmente tudo quanto Jesus fez por nós na cruz, se apropriar do beneficio que isso nos proporciona só é possível através de intima comunhão com o Senhor Jesus e no consentimento para que o Espírito Santo opere livremente em nós.
Quando falamos de “Lei de Deus”, não apontamos estritamente para o decálogo. Lei de Deus aponta não somente para os preceitos divinos estabelecidos no Antigo Testamento e ratificados por Jesus no Novo, ela, também, faz conotação aos princípios e atributos de Deus. Neste sentido, Lei de Deus não é somente aquilo que Deus prescreveu para que o homem obedecesse, mas implica em não ferir, corromper, burlar, adulterar ou confrontar a natureza e atributos do nosso Deus.
Sendo assim, quanto ao pecado, outra coisa não poderia resolver esse problema que não fosse a morte do transgressor, pois isso estava prescrito na lei e era a única coisa que satisfaria a justiça divina – “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”. Essa sentença agradou o diabo, pois sendo ele conhecedor de Deus sabia que, sobre nenhuma hipótese, Deus transgrediria a própria Lei e ou, fazendo uso de Sua soberania, operaria arbitrariamente para favorecer a humanidade. Pela lei, o homem está terminantemente impossibilitado de socorrer-se a si mesmo e a solução para esta inevitável tragédia só poderia vir de Deus – um sacrifício que favorecesse toda a humanidade.
A morte de Jesus na cruz jamais teria proporcionado salvação à humanidade se Ele não tivesse ressuscitado. A Sua morte sem a Sua ressurreição teria sido inútil para o propósito com o qual foi “planejada”. A ressurreição de Jesus não foi uma mera demonstração do poder de Deus, ela era o ponto culminante da obra redentora para que o sacrifício se tornasse eficaz e como o único meio para remir o pecador.
Então, quando Paulo diz que fomos crucificados com Jesus, isso inclui a ressureição também. Ao morrermos com Jesus na cruz, atendemos a solicitude da Lei e, quando ressuscitamos com Ele as exigências da Lei não recaem sobre nós, porque somos novas criatura. Nova criatura no sentido de que, embora o corpo seja o mesmo (por enquanto), a vida que vivemos é dirigida pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.