O escape do crente das astutas ciladas do Inimigo.
Salmos 124: 7
“A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos”.
Este salmo de Davi nos desperta para a triste, dura e inevitável realidade que o homem, sem Deus, vive neste mundo. Enquanto o homem insistir em querer resolver seus problemas, sejam eles de qualquer natureza, sem o auxilio de Deus, indubitavelmente eles se amontoarão de forma que se tornam intransponíveis. Enquanto o homem não admitir que sem Deus ele é um ser totalmente impotente diante de qualquer circunstância, será atormentado por pavores que o espreitam esperando a melhor oportunidade para manifestar. Todavia, Davi deixa bem explícito, neste salmo, que toda e qualquer vitória que o crente alcança nesta vida, só é possível em Deus.
A figura do diabo como um leão nos espreitando, pronto a desferir um ataque fatal, nos diz que o perigo que nos ronda não tem hora marcada para acontecer. A qualquer hora do dia ou da noite estamos suscetíveis aos ataques. Suscetíveis e não vulneráveis. Suscetíveis porque não tem como impedirmos as ações de Satanás, mas quanto à vulnerabilidade nós podemos evitar. Como? Revestidos da armadura de Deus. E, mesmo estando revestido desta armadura o inimigo ousa nos atacar, porém, com a armadura de Deus os ataques do diabo não serão bem sucedidos na vida do crente que, ainda que esteja suscetível ao ataque, mas não estará vulnerável ao objetivo do ataque.
Davi quer conscientizar os crentes de que, independentemente do tempo que o crente tem de conversão ou qual seja o nível de comunhão com o Pai Celestial, estamos inteiramente impotentes (no aspecto físico) diante do inimigo de nossas almas. Embora, nós, por nós mesmos, não tenhamos poder para enfrentar as hostes demoníacas, temos que estar convictos de que em Deus estamos seguros, ou seja, ainda que estejamos impossibilitados, ou até mesmo, que sejamos incapazes de pelejar qualquer peleja, somos instados a entrar na peleja confiados em Deus.
O que Davi insiste com os crentes é que em todas as coisas vejam as “mãos” de Deus operando, pois, sempre que estamos diante de qualquer perigo, independente da intensidade, nosso pavor é imensurável e, assim que nos vemos livres do aperto, somos invadidos por um sentimento de que a situação não era tão calamitosa, estávamos fazendo “tempestade em copo de água”, isso é um artifício de Satanás para ofuscar a misericórdia de Deus. Visto que, depois de havermos sido miraculosamente preservados pelo Senhor, na maioria das vezes inventamos para nós toda sorte de circunstâncias imaginárias, a fim de dissipar de nossa mente a lembrança da graça de Deus.
Duas coisas devem ser observadas distintamente: primeira, que o Senhor está perto, a fim de propiciar ajuda a seus servos; segunda, estando os servos de Deus em condição desesperadora, não podem, por meio de nenhuma outra fonte ou de nenhuma outra maneira, escapar do perigo.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Comentários de Salmos – Jehan Cauvin