A vigilância, uma arma contra a oposição.
Atos 2: 39-43
“Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar. E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos”.
A vigilância que tanto a Bíblia nos exorta a praticar deve ser aplicada em dois sentidos. Em primeiro lugar devemos estar sempre atentos e despertos a todos os perigos e ameaças que nos rondam incessante e constantemente e, em segundo lugar essa vigilância tem o sentido de autopoliciamento, isto é, vigiar aquilo que a nossa natureza, que por causa da inclinação para o pecado, nos instiga a praticar.
Na grande maioria das vezes conhecemos de maneira excepcional a definição de muitos termos, todavia, aquilo que se aplica ao principio de um conceito, às vezes, é, por nós, ignorado. Vigiar é um bom exemplo disto.
Todas as vezes que ouvimos algum pregador dizer que devemos vigiar o tempo todo, a primeira coisa que vem a mente é redobrar a atenção com o que está ao nosso redor. Estamos naturalmente inclinados a pensar que os perigos só surgirão de uma fonte externa. Por isso, redobramos o nosso estado de alerta, para não sermos surpreendidos em um momento de distração. A ciência diz que o ser humano, por ter as pupilas arredondadas e os olhos posicionados lado-a-lado na cabeça, tem a característica de um animal que se porta como presa de um outro animal que é predador.
Talvez seja por isso, que todas as vezes que somos alertados dos perigos, tendemos a vigiar ao redor, porém, os perigos que nos rondam nem sempre virão daquilo que nos rodeia, eles podem brotar de dentro de nós.
O pecado é como uma célula cancerígena. A célula cancerígena fica latente no corpo do homem até que, por indução, se manifeste. O mal está latente no homem até que seja despertado para concretizar as intenções. Enquanto sufocamos todos os maus desejos e intenções do coração que inundam o nosso ser, somos vitoriosos na batalha diária travada, contudo, quando por um descuido permitimos que os sentimentos perniciosos se aflorem, então vemos a nossa vida diante de Deus desabar como uma construção que começa a ruir pela base. Temos que entender definitivamente que Deus não viola a liberdade que nos concedeu e, por causa disto, a “guerra” que travamos internamente é algo que a iniciativa tem que partir impreterivelmente de nós, o Senhor nos ajuda nesta questão, quando solicitamos Seu auxílio.
Antes de vigiarmos a vida do nosso irmão, devemos vigiar a nossa própria vida, esse foi o conselho que o Senhor Jesus deu a Pedro – “Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será? Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu”.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.