A manifestação das línguas vai continuar até a vinda de Cristo.
I Coríntios 13: 8-10
“O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado”.
Os “dons” do Espírito Santo não podem ser confundidos com o “dom” do Espírito Santo. Os primeiros descrevem as capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espírito Santo para ministérios especiais e, o segundo refere-se à concessão do Espírito Santo aos crentes conforme é ministrado por Cristo glorificado. Mas, qual seria o propósito principal dos dons do Espírito Santo na vida do crente, de forma individual, e na vida da igreja de forma coletiva? Os dons do Espírito Santo são capacidades espirituais concedidas com o propósito de edificar a igreja de Deus, por meio da instrução dos crentes e para ganhar novos convertidos.
Das listas dos dons que Paulo enumera, não podemos deduzir que os dons estão limitados ao número por nós interpretados de acordo com os textos bíblicos. Das muitas variedades de dons do Espírito Santo, queremos salientar, como sugere o título, o dom de variedades de línguas. Este dom é manifestado em duas situações:
Primeira – quando recebemos o batismo no Espírito Santo, a evidência física externa de que, de fato, recebemos tal batismo é o manifestar em língua estranha. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, Deus vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo, de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no Espírito Santo. Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram desprezadas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.
Segunda – falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo Espírito Santo. Este dom tem dois propósitos principais: O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual. O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual. Significa falar ao nível do espírito com o propósito de orar, dar graças ou cantar.
O simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo. Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal (pag. 1627)
Gostei muito deste artigo. Bem esclarecedor.