A igreja – um só corpo.
I Coríntios 12: 12
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também”.
Para entendermos definitivamente o que é ser igreja, contemplemos o corpo humano com seus membros, órgãos e sistemas com suas respectivas funções. Se pudéssemos escolher, qual o órgão ou membro do corpo que gostaríamos de ser? Eu, particularmente, gostaria de ser a língua. Imaginem a quantidade de coisas saborosas que eu experimentaria? Porém, uma preocupação me invadiu o ser agora, eu (como língua do corpo) dependeria constantemente dos braços e das mãos para que levassem as guloseimas até a boca e, pode ser que, por eles não poderem sentir o que eu sinto sendo a língua, não queiram mais levar o alimento até mim. Mas, alguém pode dizer: – “ora, isso jamais aconteceria, pois os membros estão sujeitos ao comando do cérebro”. Pois é, a igreja com seus membros, também estão sujeitos ao governo da “cabeça” que é Cristo.
Contemplemos outra situação: o ouvido está infeccionado e, após a consulta, o médico receitou algumas injeções, a pergunta é: Quem tem coragem ou é valente o bastante para tomar as “agulhadas” no próprio ouvido? Evidentemente que não ninguém aplica a injeção no ouvido, mas, as injeções são aplicadas em músculos e nesse caso, geralmente, são os glúteos ou o medial deltoide quem vai receber as agulhadas. O nosso objetivo com essas conjecturas é fazer com que o leitor (a) compreenda que há funções na igreja em que as “aparências” indicam que o irmão está se apossando de todas as honras, mas que intimamente ele sabe que sem o auxilio de outros irmãos sua função é impossível de ser realizada. Como membros do corpo de Cristo somos dependentes um do outro.
Quando atentamos para o corpo humano, percebemos que nenhum órgão, nenhum músculo e nenhum osso está independente no corpo, eles estão ligados entre si por tendões e nervos e, através dessa união se forma o corpo completo. Assim é também a igreja, há irmãos dentro da igreja cujos nomes, provavelmente, nunca serão mencionados por um trabalho qualquer realizado, mas que fizeram o papel de “tendão”, de “nervo” ou, até mesmo, uma simples “membrana”, unindo alguns membros para que o trabalho fosse bem sucedido.
O referencial que Jesus deixou para caracterizar que uma igreja lhe pertence é o amor mútuo entre os membros. Mas não é um amor qualquer, é aquele amor apresentado por Paulo no capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios – “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.
Na carta ao Romanos, Paulo fala deste amor e diz que esse amor nos leva a “chorar com os que choram” e, isso não significa apenas expressar um sentimento de dó ou compaixão, mas o de “sentir na pele” o que o outro irmão está sentindo.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Excelente comentário meu professor!