A excelência do poder de Deus.
II Coríntios 4: 7
“Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”.
Geralmente quando conversamos com os irmãos que defendem a predestinação, o versículo mais citado por eles é o que Paulo escrevendo aos Romanos disse – “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?”. Indubitavelmente, que o contexto deste versículo se aplica aos salvos e não salvos, entretanto, há algo que está explicito nas palavras de Paulo que nos chama a atenção e, que serve para dar fim, definitivamente, no esdrúxulo ensino que diz que Deus escolhe quem vai se salvar. Ora, o Senhor nos fez “vasos” e, embora não haja um “vaso” semelhante ao outro, todavia, o fim com que cada “vaso” foi criado pelo Oleiro é o mesmo.
Todos nós temos um próprio conceito acerca de nossa própria sabedoria e, se nos achamos, ainda que infimamente, sábios, gostaria de fazer uma pergunta simples: quem de nós constrói algo com a intenção de jogar fora posteriormente? Permitam-me ser mais explícito, por acaso, alguém de vós construiria uma casa pensando em, algum tempo depois, demoli-la? Evidentemente que não, não é mesmo? Pois é, se nós que somos, em relação ao nosso Deus, infinitamente menos inteligentes não faríamos isso, por qual razão o nosso Senhor faria isso?
Devemos lembrar sempre que não somos seres autômatos, ou seja, não somos brinquedos cujo controle remoto está nas mãos de Deus coordenando todas as nossas ações, muito pelo contrário, somos seres autônomos, isto é, o Senhor nos concedeu de liberdade para agirmos livremente. Desta forma, o objetivo de termos sido criados pelo nosso Deus, foi o de honra-Lo sempre, mas, fazendo a analogia com o vaso, o Senhor nos fez e nos deu a liberdade de nos enchermos com aquilo que mais nos agrada. Neste caso, vaso para honra são aquelas pessoas que se esvaziam de si mesmas e aceitam que Deus as encha segundo a Sua soberana vontade. Um vaso só é útil quando está limpo e vazio.
O que tem atrapalhado muito crente em sua jornada por este mundo é, exatamente, admitirem esse fato. Como vaso, nós honramos o nosso Deus quando nos esvaziamos de nós mesmos e nos submetemos a ser usados conforme o querer dEle. Honramos o nosso Deus como vasos quando compreendemos que é Ele, somente Ele, quem determina do que vai nos encher e com qual propósito. Honramos o nosso Deus, como vasos, quando Ele querendo nos usar nos encontra limpos, vazios e separados exclusivamente para esse fim.
“Vasos de barro acondicionando tesouros incalculáveis e inimagináveis”, é isso que Paulo quer que todo crente entenda. “Somos vasos para que Deus nos use. Somos vasos de barro para que possamos depender do poder de Deus, não de nossas forças. É preciso concentrar-se no tesouro, não no vaso. Paulo não temia o sofrimento nem as tribulações, pois sabia que Deus guardaria o vaso enquanto este guardasse o tesouro”.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento – Warrem W. Wiersbe