Jesus, o mestre por excelência
Mateus 4: 23-25
“E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava. E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia e dalém do Jordão”.
Quando Jesus se coloca como ponto de referência a ser seguido por todo crente, Ele espera que nós, os crentes, levemos em consideração o quanto Ele foi obediente ao Pai. Jesus seguiu todas as “instruções” que tinha recebido do Pai e, nós temos por escrito as mesmas “instruções” que Jesus recebeu, todavia, deixamos de obedecer boa parte delas. O mestre Jesus demonstrou em obras, que não é uma formação acadêmica que tem poder para validar o ministério de alguém, mas o quanto o crente crê em Deus e vive em obediência à Sua Palavra.
Talvez, muitos estudiosos, digam que Jesus foi o que Ele era, pelo fato de ser, também, Deus, porém, é bom que ao avaliarmos a vida de Jesus façamos distinção entre a natureza humana e divina, pois, o que Ele nos ensinou é que quando a natureza humana desfalece o poder divino nos fortalece. Não há nenhum registro bíblico de que Jesus tenha recebido alguma instrução acadêmica para exercer o Seu ministério – como profeta, não há nada escrito sobre Ele ter frequentado uma escola de profetas; como sacerdote, Ele nem poderia ser um, pois não descendia da tribo de Levi; como mestre, o que sabemos é que aos doze anos de idade Ele deixou muitos doutores e mestres pasmados com a autoridade com que ensinava; e, como rei, Ele não governou como os judeus esperavam. Jesus vivia de forma simples e humilde.
O sentimento de repúdio que muitos judeus nutriam por Jesus se dava pelo fato de que Ele não veio satisfazer os desejos individuais ou coletivos, sejam eles de quaisquer natureza, Jesus veio para proclamar a chegada do reino de Deus à Terra e ensinar a verdade de Deus. o que os judeus não entenderam e, de igual modo, muitos não entendem nos dias de hoje, é que esse reino não fala especificamente de um regime de governo territorial, mas, do governo espiritual sobre a vida do crente. Evidentemente que o governo territorial ocorrerá, mas, neste caso aplica-se ao âmbito espiritual.
Ensinar a Palavra de Deus nos dias de hoje tem sido uma tarefa árdua e, isso se dá pelo fato de que a maioria dos crentes hoje são teólogos (pelo menos, possuem seus diplomas). A mesma barreira que Jesus enfrentou, nós enfrentamos – muitos “mestres” com vasto conhecimento teórico, contudo, vazios de sabedoria e unção. E, isto é a chave de todos os problemas que a igreja enfrenta nos dias de hoje – os “mestres ou doutores” estão substituindo o poder do Espírito Santo pela homilética, hermenêutica e exegese. Estão dando mais ênfase a uma formação acadêmica do que a uma vida de comunhão com Deus.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.