O Espírito Santo direcionou Paulo na missão.
Atos 16: 9
“E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão da Macedônia e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos!”
A Macedônia foi a primeira região da Europa a ser visitada pelo apóstolo Paulo de Tarso na sua segunda viagem missionária. Enquanto Paulo estava em Trôade, no noroeste da Ásia Menor, teve uma visão que o mandava à Macedônia. Paulo, junto com Lucas, Timóteo e Silas, partiu para a Macedônia. Depois de chegar a Neápolis, o porto da cidade de Filipos, a nordeste da Macedónia, Paulo dirigiu-se para a cidade. Embora tivessem consciência do chamado que Deus lhe fizera para aquele local, Paulo e seus amigos não se puseram a evangelizar de imediato. Sem dúvida, precisavam descansar, orar e planejar os próximos passos. Não basta saber onde Deus deseja que trabalhemos; também devemos saber quando e como trabalhar.
Dos muitos sinais (divinos) que acompanhavam os apóstolos em seu ministério, Lucas fez questão de destacar três, que ocorreram na Macedônia – a conversão de Lídia e toda a sua casa; a conversão do carcereiro e toda a sua casa; e, a libertação da adivinhadora, o que lhes causou a prisão. É digno de nota que, ao dizer “toda a sua casa”, Lucas se refere a todas as pessoas que moravam ou que estavam sob os cuidados, tanto de Lídia quanto do carcereiro.
Lídia era uma mulher de negócios bem- sucedida procedente de Tiatira, cidade famosa por sua tintura púrpura. Deus a trouxe das terras longínquas da Grécia para que ouvisse o evangelho e se convertesse. Não se envergonhou de identificar-se com Cristo sendo batizada, e insistiu para que os missionários ficassem hospedados em sua casa. Todos de sua casa haviam se convertido, de modo que foi uma excelente oportunidade de Paulo e seus companheiros lhes ensinarem a Palavra, fundando uma igreja.
Uma jovem que dava grande lucro a seus senhores lendo a sorte das pessoas através de adivinhações, sempre que Paulo e seus colaboradores iam ao lugar de oração para dar seu testemunho, ela gritava – “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação“. Paulo não queria que o evangelho nem o nome de Deus fosse “promovido” por uma escrava de Satanás, de modo que expulsou o demônio. Os senhores daquela jovem, vendo que a fonte de seus lucros estava liberta do poder de Satanás, recorreram à lei romana e, Paulo e seu companheiro foram presos.
Na cadeia, em vez de se queixarem ou de invocarem a Deus para que julgasse seus inimigos, os dois homens oraram e louvaram a Deus. Deus respondeu sacudindo os alicerces da prisão, fazendo as portas se abrirem e soltando as algemas dos prisioneiros. Poderiam ter fugido para a liberdade, mas ficaram exatamente onde estavam. De acordo com a lei romana, se um guarda perdia um prisioneiro, sofreria a mesma pena que o prisioneiro teria recebido; logo, é bem possível que estivessem presos ali alguns condenados à pena capital. O carcereiro preferia cometer suicídio a ter de encarar a humilhação e a execução.
Era o carcereiro, não Paulo, quem estava preso, e o apóstolo não apenas salvou a vida desse homem, mas também lhe mostrou o caminho para a vida eterna em Cristo.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento – Warren W. Wiersbe
– https://pt.wikipedia.org/wiki/Macedônia_romana