A verdadeira motivação para a missão
Atos 26: 14 e 19
“E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava e, em língua hebraica, dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar contra os aguilhões. … Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial”.
Longe de ser o modelo de homem perfeito, Paulo, no entanto, sem a menor sombra de duvida, é o maior exemplo de crente fiel do Novo Testamento. E, a razão de ele ser o detentor deste título é o amor às almas perdidas. Mas, como um homem com a índole de Saulo de Tarso pode amar o próximo? O Saulo de Tarso não amava o próximo até o momento em que ele sentiu o quanto era amado mesmo sendo quem ele era. A dedicação, zelo e amor pelo ministério que lhe foi confiado era o mínimo que (segundo julgava) podia fazer em retribuição ao que o Senhor fizera por ele e nele. Como está escrito – “aquele a quem muito perdoa, muito ama” – e, Paulo entendera o quanto ele tinha sido perdoado.
Nada do que realizamos em nossa vida, seja no âmbito secular ou espiritual, terá um resultado satisfatório se não tiver sendo exercido com dedicação, zelo e amor. Na esfera secular, quando nós trabalhamos para os nossos empregadores exclusivamente em troca do que ele nos paga, o nosso trabalho se torna um peso que, em certos dias, se torna difícil carregar. Sempre vamos pensar que ganhamos pouco em vista do que trabalhamos; sempre vamos pensar que estamos sendo explorados. Embora, isso de fato ocorra em certos lugares, porém, aqueles que são servos de Deus, devem ter uma postura diferente das pessoas que estão ao nosso redor e que não temem a Deus, em situações como essas.
Não devemos esquecer jamais que, assim como o Senhor está para nos abençoar, o diabo está para por tropeços, embaraços, pensamentos e sentimentos que nos angustiarão. Aos murmuradores, Satanás sempre vai produzir situações em que as murmurações sejam legitimas e justificáveis. Essas pessoas sempre vão ver seus empregadores como opressores e exploradores de seus conhecimentos, tempo, força e saúde. Para uma situação como essa não adianta nenhum discurso motivacional, isso é balela! O que as pessoas (neste caso, sendo crentes) precisam entender e atender são as orientações bíblicas.
O Senhor Deus tem sempre o melhor para os que andam em temor ao Seu Santo Nome. Essa é uma promessa verdadeira feita pelo nosso Deus, pela qual Ele tem zelo em cumprir, mas a questão é que as pessoas entendem errado o que Ele diz sobre “melhor”. “Melhor”, neste caso, não é te fazer mais rico que o seu empregador ou ter dar uma condição vida muito além daquilo que você ganha, antes fala de – “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes”. Toda nossa confiança tem que estar em Deus, Devemos confiar nEle em toda e qualquer situação.
A motivação de Paulo estava no entendimento que ele tinha do que Deus realizara por ele. Tudo quanto ele passou em seu ministério (sofrimentos e perseguições) não se comparava à misericórdia e graça manifestadas em sua vida.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.