O discipulado como formação na Igreja Primitiva.
Atos 2: 42-47
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”.
Em resposta à pregação de Pedro, Lucas comenta, de forma moderada, que se agregaram quase três mil almas à comunidade “cristã” recém-nascida. Aparentemente, não houve demora entre a profissão de fé e o batismo. O grande número de convertidos foi possibilitado pelas grandes multidões que, de toda parte da região do Mediterrâneo, viajaram a Jerusalém para a celebração da Páscoa.
A principio, os cristãos judeus não se separaram da comunidade judaica. Ainda iam ao Templo e às sinagogas para a adoração e instrução nas Escrituras. Mas sua fé em Jesus criou grande atrito com os judeus que não criam que Jesus era o Messias. Deste modo, acredita-se que os judeus convertidos ao cristianismo foram forçados a reunir-se com os irmãos em Cristo em casas para a comunhão, a oração e o ensino das Escrituras (discipulado). No final do primeiro século, muitos desses judeus cristãos foram excomungados de suas sinagogas.
Doutrina… Comunhão… Partir do pão e orações, eram as prioridades do cristianismo primitivo e, essas mesmas práticas deveriam ser consideradas normativas para a igreja de hoje, afinal – “A palavra do Senhor permanece para sempre”. Mas, só podemos entender isso quando entendemos o que é ser uma igreja. Igreja é o agrupamento de pessoas em congregações locais e unidas pelo Espírito Santo, que diligentemente buscam um relacionamento pessoal, fiel e leal com Deus, com Jesus Cristo e com o próximo. Como sempre dizemos: a espiritualidade de uma igreja não é estabelecida por sua estrutura física, mas, mediante o poderoso testemunho da igreja é que os pecadores são salvos, nascidos de novo, batizados nas águas e acrescentados à igreja; participam da Ceia do Senhor e esperam a volta de Cristo.
A igreja primitiva era uma igreja evangelizadora. Lucas relata que todos os dias o Senhor acrescentava “aqueles que se haviam de salvar”. Ele não diz como isso ocorria, mas parece que o evangelismo acontecia primariamente nas reuniões dos crentes no templo e nas casas das pessoas. A crucificação e a ressurreição de Cristo estavam no centro da pregação cristã, que exigia de todos os ouvintes a uma resposta imediata.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo Holman.
– Bíblia de Estudo Pentecostal.