O fundamento da Igreja.
Mateus 16: 15-18
“Disse-lhes Jesus: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
O conhecimento que nós, servos e discípulos de Jesus Cristo, temos que ter dEle, não pode de maneira nenhuma assemelhar-se com o conhecimento que o mundo tem. Muitos contemporâneos de Jesus reconheciam o seu papel profético, como por exemplo: Herodes suspeitava que Ele fosse João Batista ressuscitado; alguns dos milagres de Jesus eram similares aos de Elias, levando o povo a crer ser Ele o cumprimento do prometido retorno de Elias. Como Jeremias, Jesus foi um pregador de juízo muito rejeitado. Os discípulos responderam à pergunta de Jesus, fazendo-O saber que a maioria do povo pensava que Ele fosse um dos grandes profetas que havia voltado à vida. Essa crença pode ter se fundamentado em Deuteronômio 18.18, texto em que Deus diz que levantaria um profeta entre o povo que falaria Suas palavras.
O próprio Senhor Jesus, até aquele momento, não tinha feito, de Si mesmo, uma declaração tão evidente quanto à Sua pessoa. Nunca antes Ele revelara de maneira tão explícita a Pedro ou a qualquer de Seus discípulos a plenitude de Sua identidade. Deus Pai abrira os olhos espirituais de Pedro para o pleno significado dessas declarações e revelou a ele quem Jesus era de fato. Em outras palavras, Deus abriu o coração de Pedro para esse conhecimento mais profundo de Cristo pela fé. Pedro não estava simplesmente expressando uma opinião acadêmica sobre a identidade de Cristo.
De uma forma inquestionável, o Novo Testamento deixa explicitamente claro que Cristo é tanto o fundamento – “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” quanto a cabeça da igreja – “porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo”, assim, é um erro ensinar que Jesus estivesse transferindo a Pedro um papel que é exclusivamente Seu.
Na verdade, o que o Senhor Jesus disse é que a confissão de Pedro (aquilo que foi dito por ele) é o fundamento da igreja, ou seja, uma verdade fundamental saiu da boca de alguém que era considerado uma pedra pequena. O próprio Pedro, em sua primeira epístola diz que a igreja é edificada com “pedras que vivem” que, tal como ele, confessam que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Cristo a chama aqui de “minha igreja”, enfatizando que apenas Ele é o Arquiteto, Construtor, Proprietário e Senhor. Embora Deus esteja desde o início da história redentora reunindo os remidos pela graça, a igreja singular que ele prometeu edificar começou no Pentecostes, com a chegada do Espírito Santo, por meio de quem o Senhor batizou os crentes em seu corpo, que é a igreja.
“As portas do inferno não prevaleceram” deve ser compreendido como sendo a morte. Isto é, o inferno é o local de punição do espírito dos descrentes que morrem. O ponto de entrada para tal é a morte. Essa, então, é uma expressão judaica que se refere à morte – até mesmo a morte, a derradeira arma de Satanás, não tem poder para obstruir a igreja. A morte dos mártires, em vez de retardar, acelerou o crescimento da igreja em tamanho e em poder espiritual.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo MacArthur.