As Escrituras não estão condicionadas às limitações de seus autores humanos.
II Coríntios 4: 7
“Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”.
Indiscutivelmente o Senhor dotou o ser humano de uma excepcional inteligência (uns com mais outros com menos, mas isso não importa), a fim de que não houvesse limites quanto ao conhecer sobre determinados assuntos e criar as mais extraordinárias invenções. Através de cálculos o homem consegue estimar a distancia entre os corpos celestes sem nunca ter usado um instrumento de medição; pelo raciocínio, o homem, consegue elucidar mistérios que envolvem a sua própria história ocorrida a milhares de anos. O rei Salomão discorreu sobre os mais variados assuntos, falando minuciosamente deles sem tirar seus pés do lugar onde morava. O que queremos fazê-los entender é que o homem pode escrever muitas coisas sobre um determinado tema sem, necessariamente, ser um expert no assunto, afinal, muitas fontes de informações estão à nossa disposição. O problema é saber qual a fonte ideal.
Norman Geisler diz que – “A Bíblia apresenta várias características humanas, incluindo os seus autores humanos, os estilo literários, as perspectivas pessoais, os modelos de raciocínio, as emoções, os interesses, e as fontes”. Os escritores humanos não agiram como secretários que anotavam tudo que estava sendo ditado; a liberdade, ou seja, a característica pessoal, não foi suspensa nem negada. As palavras que usaram correspondiam ao seu desejo, no estilo em que estavam acostumados a escrever. “Na sua providência, Deus promoveu uma concordância divina entre as palavras deles e as Suas”.
Embora, os escritores humanos da Bíblia, tenham permanecido com suas características pessoais, entretanto, eles não escreveram aquilo que, simplesmente, queriam escrever. Não é como numa prova do ENEM, onde se dá um tema para que os participantes discorram sobre ele, neste caso, embora estejam direcionados sobre o que escrever, porém cada participante, com suas características, vão expor no papel suas ideias e conceitos. Com a Bíblia não foi assim. Foi preservada a características literária de cada um, mas eles foram inspirados quanto ao que deveriam escrever, eles não escreveram livremente o que pensavam.
Todas as referências bíblicas à autoridade divina das Escrituras se referem ao que Deus concedeu ou “soprou”, que foi o texto original. Porém, nem todas as cópias do texto original são perfeitas; elas apresentam erros menores, e isto pode ser comprovado quando se faz comparação de passagens paralelas, por exemplo: “Era Acazias de vinte e dois anos de idade quando começou a reinar e reinou um ano em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Atalia, filha de Onri, rei de Israel” II Reis 8:26 comparado a “Era da idade de quarenta e dois anos quando começou a reinar e reinou um ano em Jerusalém. E era o nome de sua mãe Atalia, filha de Onri” II Crônicas 22:2”.
Mas, Deus não pode mentir; a Sua lei é “perfeita”. Assim, independentemente dos erros que se encontrem em cópias da Bíblia, estes erros não fazem parte do texto original.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Teologia Sistemática vol. 1 – Norman Geisler