Um sermão para quem segue Jesus com sinceridade.
Mateus 7: 28 / Lucas 6: 17
“E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina”.
“E, descendo com eles, parou num lugar plano, e também um grande número de seus discípulos, e grande multidão do povo de toda a Judeia, e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom”.
O mais longo discurso de Jesus, conhecido como o sermão do monte, é na realidade um manifesto do reino de Deus. Dele extraímos a verdadeira essência da verdade do reino; e, quando o negligenciamos, fazemo-lo com nosso próprio risco. O sermão do monte trata de atitudes, o sermão permanece na entrada do reino de Deus tanto quanto em seus mais exaltados planos. Ele não é somente alimento sólido para os maduros na fé, mas um desafio àquele que tem o primeiro contato com o domínio e a justiça do céu.
Na introdução deste importante discurso, Jesus falou sobre uma série de oito declarações tradicionalmente conhecidas como as “bem – aventuranças”. E, quebrando os paradigmas religiosos daquela época, o pronunciamento das ‘bem-aventuranças’ devem ter caído como raios sobre aqueles ouvidos judeus do primeiro século. Elas assaltavam cada conceito da sabedoria convencional e deixavam o ouvinte chocado e perplexo. Deste modo, Jesus consegue prender a atenção dos seus ouvintes a Si, a fim de que cada palavra pronunciada pudesse ser ouvida e assimilada, levando-os a entender claramente o caráter do reino de Deus, bem como dos seus cidadãos.
As bem-aventuranças falam exclusivamente de qualidades espirituais. Desta forma, as preocupações históricas do homem, riqueza material, condição social e sabedoria secular, não recebem simplesmente pouca atenção, elas não recebem nenhuma. Jesus está claramente esboçando um reino que não é deste mundo – “Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui”, um reino cujas fronteiras não passam através de terras e cidades, mas através dos corações humanos. ALELUIA!
Este reino totalmente improvável chegou, conforme anunciado, no primeiro século – “Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor”, porém muitos estavam despreparados para reconhecê-lo e aceitá-lo e, da mesma forma, muitos crentes nos dias de hoje estão nas mesmas condições.
As bem-aventuranças não são promessas que se aplicam a oito diferentes grupos de pessoas, mas faz uma descrição minuciosa do caráter de cada cidadão do reino de Deus. Estas qualidades estão tão entrelaçadas num tecido espiritual que são inseparáveis. Possuir uma é possuir todas e não ter uma é não ter nenhuma. E como todos os crentes têm que possuir todas estas qualidades de vida no reino, eles estão também destinados a receber todas as suas bênçãos; bênçãos que, como suas qualidades, são apenas componentes de uma recompensa; um corpo chamado em uma só esperança – “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação”.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Sermão da Montanha – Extraindo os Tesouros das Escrituras. Paul Earnhart