A responsabilidade humana.
Gênesis 3:17
“E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida”.
No Antigo Testamento Deus revelou-se como o Deus da graça e misericórdia, demonstrando amor para com o seu povo, não porque este merecesse, mas por causa da fidelidade de Deus à Sua promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó. Como está registrado no livro do Êxodo, o povo tinha abandonado a responsabilidade de servir somente ao Senhor – “Deste modo falou Moisés aos filhos de Israel, mas eles não ouviram a Moisés, por causa da ânsia do espírito e da dura servidão”. Desta forma, o povo achava-se muito desencorajado para ouvir o profeta. Aflitos, os hebreus não queriam mais ouvir sobre Deus e suas promessas, pois, da última vez que o fizeram, apenas conseguiram mais trabalho e grande sofrimento.
Toda e qualquer atividade da vida do crente, desde o seu início até o fim, depende da graça de Deus. Podemos dizer que ela é a presença e o amor de Deus em Cristo Jesus, transmitidos aos crentes pelo Espírito Santo, e que lhes outorga misericórdia, perdão, querer e poder para fazer a vontade de Deus – “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”.
Deus concede graça ao crente para que seja “liberto do pecado” – “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna”. Sabemos que Jesus nos libertou do jugo do pecado, mas, a natureza pecaminosa ainda reside em nós, portanto, é nossa responsabilidade subjuga-la à vontade de Deus que opera em nós através do Espirito Santo.
Jesus sempre ensinou que cumprir a vontade de Deus é uma condição prévia essencial para a entrada no reino dos céus. Isto, no entanto, não significa que a pessoa pode ganhar ou merecer a salvação mediante seus próprios esforços ou obras. Isto se fundamenta nas seguintes razões: O perdão divino o homem obtém mediante a fé e o arrependimento, concedidos pela graça de Deus e a morte vicária de Cristo por nós.
A obediência à vontade de Deus, requerida por Cristo, é uma condição básica conducente à salvação, mas Cristo também declara ser ela uma dádiva ligada à salvação dentro do reino. Embora seja a salvação uma dádiva de Deus, o crente deve buscá-la continuamente; recebê-la e evidenciá-la mediante uma fé sincera e decidido esforço.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal (pág. 1704, extraído e adaptado)
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.