Em sua religiosidade, os homens buscam falsos deuses.
Atos 17:16
“E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.”
Atenas, com seus magníficos edifícios e muitos deuses, era o centro da arte, da filosofia e da educação grega. Os filósofos e os homens cultos estavam sempre prontos para ouvir algo novo, por isso convidaram Paulo para falar-lhes no Areópago. Independentemente da verdadeira intenção dos filósofos, Paulo tomou como seu ponto de partida a inscrição em um altar onde leu – “Ao Deus Desconhecido”. E, procurou levar seus ouvintes a uma mais decente concepção de Deus, especialmente sobre como Ele se relaciona com o homem. Ele é o Criador e Juiz de todos os homens. Em seguida, Paulo expôs a porção distintivamente cristã, citando Jesus Cristo como o Juiz, o que fica comprovado pelo fato de que Deus o ressuscitara dentre os mortos, o que sem dúvida não era um sinal comum.
Sem que haja uma perfeita compreensão da natureza da idolatria, jamais poderemos compreender o fascínio e atração que ela promove nas pessoas. Evidentemente, que a idolatria em si mesma, nada é, podemos verificar isso através do que a Bíblia nos ensina – “Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto não serem deuses …”. O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de “vaidades” – “E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidades são”, e Paulo declara expressamente – “sabemos que o ídolo nada é no mundo”.
Não obstante, toda e qualquer tipo de idolatria, conforme nos assevera a Palavra de Deus, sofre a influência de demônios, que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Paulo diz na sua primeira carta aos coríntios a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos – “as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus”. Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles.
A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes. Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da terra, representando Samuel, ela viu um demônio subindo do inferno.
Satanás, sutilmente, através da idolatria, tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira e de proporcionar às pessoas benefícios físicos e materiais, insinuando que todo tipo de espiritualidade está estritamente voltada para Deus e, por isso, muitos crentes estão apostatando da fé.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. I
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.