O Tabernáculo representava a presença de Deus.
Êxodo 40:34
“Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo”.
O Tabernáculo era a casa de Deus na terra. Ele a enchia com a sua glória — a sua maravilhosa presença. Salomão (aproximadamente 500 anos depois) construiu o templo, que substituiu o Tabernáculo como local central de adoração. E Deus também encheu o templo com a sua glória – “… então, a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a Casa do Senhor; e não podiam os sacerdotes ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a Casa de Deus”. Mas Israel virou as costas para Deus, que retirou a sua presença, e o templo foi destruído pelos exércitos invasores. Em 515 a.C., o templo foi reconstruído.
Cinco séculos mais tarde, a glória de Deus retornou ao templo com maior esplendor quando Jesus Cristo, o Filho de Deus, nele entrou e ensinou. Os pastores de Belém viram a glória do Senhor no nascimento de Cristo – “E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor”, os discípulos a viram na transfiguração de Cristo – “E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz” e Estêvão a viu na ocasião do seu martírio – “Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus”. Sendo Jesus crucificado, a glória de Deus novamente deixou o templo. No entanto, Deus não mais precisava de uma construção após Jesus ressuscitar dos mortos. O templo do Senhor passou a ser a Igreja, o corpo dos crentes.
A expressão “glória de Deus” tem emprego variado na Bíblia (pelo menos, quatro características podemos encontrar), mas apontaremos apenas uma, nesse artigo. Algumas vezes, descreve o esplendor e majestade de Deus – “Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe”, uma glória tão grandiosa que nenhum ser humano pode vê-la e continuar vivo – “E acontecerá que, quando a minha glória passar, te porei numa fenda da penha e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá”.
Quando muito, pode-se ver apenas um “aparecimento da semelhança da glória do Senhor” – a visão que Ezequiel teve do trono de Deus. Neste sentido, a glória de Deus designa Sua singularidade, Sua santidade e Sua transcendência – “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!”
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal (pág.1183, extraído e adaptado)
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia Bíblica Merril C. Teney.