Os exilados da Babilônia deviam rejeitar o uso dessa máxima.
Ezequiel 18:2,3
“Que tendes vós, vós que dizeis esta parábola acerca da terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que nunca mais direis este provérbio em Israel”.
O povo de Judá acreditava que estava sendo castigado pelos pecados de seus antepassados, não pelos seus. Pensava deste modo porque entendia que este era o castigo para quem desobedecesse aos Dez Mandamentos – “Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem …”. Ezequiel ensinou que a destruição de Jerusalém devia-se a decadência espiritual das gerações anteriores. Mas esta fria convicção levou Israel ao fatalismo e a irresponsabilidade. Então, Ezequiel deu a nova diretriz de Deus, porque a antiga foi mal interpretada.
Deus julga cada pessoa individualmente. Embora o mundo frequentemente sofra as consequencias de pecados cometidos por aqueles que viveram nas gerações anteriores, Deus não nos castiga pelos erros de outra pessoa, e não podemos usar isso como justificativa para a nossa omissão. Cada pessoa é responsável perante Deus por suas ações. A Bíblia nos diz que alguns habitantes de Judá usaram a bênção de Deus como desculpa para desobedecer-lhe. Pensavam que viveriam por causa de seus antepassados justos. Deus lhes havia dito que não seria assim; eram filhos perversos de pais justos e, assim, morreriam. Porém, aqueles que se voltassem a Deus viveriam.
Quando não reconhecemos e admitimos os nossos próprios pecados – “Na verdade, não há homem justo sobre a terra, que faça bem e nunca peque” e murmuramos contra a situação ou circunstancia que estejamos atravessando, indiretamente estamos dizendo que Deus está sendo injusto conosco. A nossa oração, neste caso, se assemelha à do fariseu – a culpa e a responsabilidade são dos que não atentam para a voz do Senhor e que, por isso, não deveríamos estar passando por isso.
A revista deste trimestre (LBA CPAD) é um despertamento para o povo de Deus. Os ensinos de cada lição descortinam diante de nós o quanto estamos distante daquilo que o Senhor deseja. A igreja do Senhor, como sempre digo, não tem por objetivo administrar o mundo, mas, nem por isso, deve ser eximir da responsabilidade que tem no exercício dos direitos civis. Mesmo que o poder das trevas esteja dominando o mundo (e, isso é bíblico), não podemos cruzar os braços e ficar “assistindo” sem esboçar nenhuma reação.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo Pentecostal.