A igreja, assim como o povo de Israel, é o rebanho de Deus.
1 Pedro 5:2-4
“… apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória”.
Desde a época dos apóstolos, os líderes das igrejas, no exercício de sua função (pastor), eram responsáveis pela supervisão, proteção, disciplina, instrução e aconselhamento dos outros crentes. No primeiro versículo, Pedro usa o termo ‘ancião’ apontando para o crente “mais velho”. Evidentemente que isso não é uma regra que tem que ser seguida, mas porque era uma tradição tanto os gregos como os judeus que davam posições de grande honra aos homens mais velhos e sábios, e a igreja cristã primitiva manteve este padrão de liderança.
Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, descreve várias características dos bons lideres na igreja. Os bons líderes sabem que estão cuidando o rebanho de Deus, a igreja não é propriedade deles. Ainda que o edifício seja, todavia, o rebanho não lhes pertence. Os bons líderes lideram com o intuito de servir, não por obrigação, mas voluntariamente. Os bons líderes, geralmente devem se preocupar com o que podem dar, e não com que devem receber. Os bons líderes sempre vão se posicionar como exemplo, não pela imposição forçada. Nosso Sumo Pastor é Jesus Cristo.
Num mundo onde os valores morais, éticos e espirituais estão cada vez mais ignorados, os pastores e dirigentes das igrejas devem acautelar-se de dois pecados perigosos. Primeiro, a ambição por dinheiro – “Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância”.
O ensino que a Bíblia nos transmite é que quem administra a obra de Deus deve receber sustento adequado da igreja – “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” e que se contentem com o que têm para si mesmos e para suas famílias. Nenhum pastor deve enriquecer-se em detrimento da obra de Deus. Aqueles que se deixam dominar por este desejo, ficam à mercê dos pecados da cobiça, da prevaricação e do furto. Por amor ao dinheiro, comprometem a Palavra de Deus, os padrões da retidão e os princípios do reino de Deus.
Todo o sucesso de um ministério pastoral bem sucedido vai depender da motivação que nos leva a exercê-lo. Ora, o principal objetivo do pastoreio é a ‘alimentação’ sadia para a edificação da igreja, ou seja, o ensino da Palavra e, cada pastor deve estar devidamente apto a ensinar – “… retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes”. A alimentação do rebanho também inclui proteção.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.