O rio revelado ao profeta Zacarias é similar ao de Ezequiel.

Zacarias 14:8
 “Naquele dia, também acontecerá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas até ao mar ocidental; no estio e no inverno, sucederá isso”.

Tanto Zacarias quanto Ezequiel fazem uso da linguagem figurada. Eles usam um rio para dizer que uma restauração acontecerá sobre todo Israel. Depois que as nações tiverem sido castigadas e Israel tiver sido purificado, o Senhor estabelecerá seu reino de retidão e reinará no trono de Davi. Seu reino será universal, Ele será o único Deus adorado, e seu nome será o único nome honrado.

Paulo, na carta escrita aos Romanos, discorre sobre a eleição de Israel no passado, fala da rejeição do evangelho, pelos judeus, no presente e apresenta um ensino sobre a salvação futura deles. Seus argumentos eram uma resposta aos judeus convertidos ao cristianismo que indagavam sobre as promessas de Deus a Abraão e à nação de Israel poderiam permanecer válidas, quando a nação de Israel, como um todo, não parece ter parte no evangelho?

Paulo assegura que a promessa de Deus a Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis da nação. Desta forma, Deus não se enganou quanto à eleição de Israel como povo Seu. Tanto a eleição quanto a promessa visavam somente o verdadeiro Israel, aqueles que eram fiéis à promessa – “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele”. Sempre há um Israel dentro de Israel, que tem recebido a promessa.

Paulo chama a atenção dos seus leitores para o fato de que Deus tem o direito de fazer o que Ele quer com os indivíduos e as nações. Tem o direito de rejeitar a Israel, se desobedecerem a Ele e o direito de usar de misericórdia para com os gentios, oferecendo-lhes a salvação, se Ele assim decidir. Evidentemente que fazendo uso do Seu direito de Soberano, nosso Deus não viola ou infringe nenhum dos outros atributos que possui.

A rejeição, no presente, do evangelho de Jesus Cristo por parte dos judeus, não é uma atitude que se sustenta baseada em um decreto incondicional de Deus, mas à própria incredulidade e desobediência dos israelitas. Em vez de viver pela fé, além de observarem a lei, os judeus guardavam costumes e tradições, a fim de serem agradáveis aos olhos de Deus. Mas o esforço humano, mesmo que sincero, nunca poderá substituir a justiça que Deus nos oferece através da fé.

A rejeição de Israel é apenas parcial e temporária. Israel por fim aceitará a salvação divina em Cristo. Deus não rejeitou o Israel verdadeiro, pois Ele permaneceu fiel ao “remanescente” que permanece fiel a Ele, aceitando a Cristo como Senhor e Salvador.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo MacArthur.