O avivamento com fogo e trovões.

Êxodo 19:16-19
 “E aconteceu ao terceiro dia, ao amanhecer, que houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. E todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente. E o sonido da buzina ia crescendo em grande maneira; Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta.”

Embora o texto bíblico acima não esteja dizendo com todas as letras, porém todos os avivamentos da Bíblia e da história da igreja foram marcados e conservados na atmosfera da oração, jejum, arrependimento, confissão espontânea, quebrantamento de espírito, humilhação diante de Deus e santidade. Quando o Senhor mandou Moisés santificar o povo, certamente, os elementos – oração, jejum, arrependimento, confissão, quebrantamento e humilhação, faziam parte da santificação.  E a Bíblia Sagrada é o instrumento divinamente determinado a ser usado pelo Espírito Santo para produzir a convicção de pecado, contrição de coração, confissão de pecado, entrega e consagração da vida e submeter-se ao controle do Espírito Santo.

Na passagem bíblica dos acontecimentos ocorridos no monte Sinai, aprendemos que Deus delimitou uma distância entre Ele e o homem pecador. Deus é santo e, por isso, não admite diante de Si o homem pecador sem que antes este seja purificado. Insistir em querer entrar presunçosamente na presença do Senhor é um grande risco. A liturgia da adoração no Antigo Testamento enfatiza a pecaminosidade do homem e a “separação” de Deus. A cerca ao redor do tabernáculo, o véu diante do Santo dos Santos; o fato de apenas os sacerdotes poderem ministrar no tabernáculo e de somente o sumo sacerdote ter permissão de entrar no Santo dos Santos – e isso uma única vez por ano.

Em toda a Bíblia nós vemos o cuidado que o Senhor tem para com o Seu povo, mas no capítulo 19 do livro do Êxodo isso fica mais enfatizado, pois, mesmo o Senhor sabendo que Moisés tinha avisado o povo sobre os limites estabelecidos ao redor do monte Sinai, o fez descer novamente e reafirmar as orientações. Nesta enfática observação que o Senhor faz podemos entender que o cuidado do Senhor é para que ninguém ouse chegar-se a Ele não estando em condições espirituais para isso. Sendo assim, tanto o chegar-se sem preparação como o afastar-se demasiadamente de Deus pode levar o homem a morte.

No Novo Testamento lemos  – “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça”, porém, isso não significa que devemos nos chegar a Deus sem respeito, como se pudéssemos nos relacionar com ele de igual para igual. Ficar longe do monte Sinai era uma questão de vida ou morte, pois a presença de Deus santificava a montanha.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Comentário Expositivo do Antigo Testamento, Warren W. Wiersbe