Falar com sabedoria.
Salmos 49:3
“A minha boca falará da sabedoria; e a meditação do meu coração será de entendimento.”
Existem algumas situações em nossas vidas que, como crentes, servem mais para desonrar do que honrar o Evangelho de Cristo. É muito comum encontrarmos inúmeras famílias nas igrejas que se queixam de terem criado seus filhos na igreja, mas de terem fracassado em seus propósitos, uma vez que eles se desviaram e não estão mais aos pés do Senhor. As justificativas para essa situação são muitas, todavia, apenas uma é a que de fato expressa toda a realidade – nós, como pais, falhamos em que algum ponto na instrução religiosa dos nossos filhos.
Não adianta nos desculparmos dizendo que isso é a vontade de Deus que está sendo realizada. Além de ser uma mentira inescrupulosa estamos culpando diretamente a Deus por uma questão que teve origem em nossa negligência e, ao mesmo tempo, dizendo que as promessas da Aliança falharam. A conversão dos nossos filhos, sem sombra de dúvidas, pertence ao Senhor – “… do Senhor vem a salvação”, contudo, jamais podemos esquecer que somos responsáveis por nossos pecados de negligência tanto quanto de incredulidade por supor que as promessas de Deus tenham falhado; na maioria das vezes somos nós mesmos que falhamos.
Criar os filhos na Igreja, da maneira como estamos fazendo em nossos dias, está muito além de ser a forma correta e bíblica. Na verdade temos falhado tremendamente nesse assunto que é da maior importância e com resultados desastrosos para a saúde espiritual da nossa família e da Igreja. Mas isso se deve ao equivocado pensamento que alguns crentes tem da denominação em que congrega. Geralmente, tais crentes são incitados a crerem que sua denominação (sua igreja) representa o Reino de Deus aqui na Terra. E, quando esse conceito está enraizado em nós, ensinamos nossos filhos a serem apenas religiosos, ou seja, tudo o que ensinamos está relacionado aos dogmas da igreja e não às doutrinas bíblicas.
Evidentemente que após os filhos assumem o governo de suas vidas, nossa autoridade sobre eles fica reduzida (ou nula em alguns casos), pois deste momento em diante são eles mesmos que responderão por seus atos, sejam na esfera secular ou na espiritual, todavia, isso não significa que não temos o dever de orar por eles. Nosso dever como pais é o de conduzir, neste caso, nossos filhos, até aos ‘portões celestiais’ e permanecer com eles até que chegue o momento de entrarmos por ele.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– A Família na Igreja, Joel R. Beeke