A mentira revela a malícia do coração.
Salmos 64:6
“Fazem indagações maliciosas, inquirem tudo o que se pode inquirir; até o íntimo de cada um e o profundo coração.”
Segundo Champlin, em sua enciclopédia, mentir é fazer declarações propositalmente falsas, meias verdades que envolvem falsas impressões. Um exagero proposital é um tipo de mentira, como também o é uma declaração parcial proposital. Até mesmo as verdades proferidas com o intuito de enganar, naquilo em que visam iludir, não passam de mentiras. Entretanto, as histórias de ficção, escritas ou filmadas, embora não correspondam à realidade, não são mentiras, visto que não se propõem a narrar fatos, mas tão somente simbolizam fatos e idéias.
Historicamente os homens mentem, principalmente, a fim de enganar. A palavra mentir é usada nas Escrituras para indicar as declarações falsas dos homens acerca de Deus e das realidades espirituais – “… pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” A verdade divina é reduzida a uma mentira, pelas idéias e declarações dos homens. As mentiras dos homens pervertem, portanto, a verdade dita por Deus. Toda mentira cria uma falsa certeza. Os resultados da mentira são o erro e a ilusão. Os padrões morais são solapados pelas mentiras.
Deus não pode mentir, mas precisa julgar. Por isso, a mentira nunca é atribuída a Deus, mas é atribuída aos homens, como quando prestam falso testemunho. O ato de mentir era proibido pela lei mosaica – “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo”. Os crentes deveriam reconhecer que o ato de mentir é próprio da vida velha, na incredulidade, devendo ser rejeitado pelo crente como uma roupa indesejável – “Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos”. A Bíblia nos assegura que os mentirosos habituais (que o fazem devido à sua natureza corrompida e não regenerada), ficam impedidos da salvação e do lar celestial.
A mentira é condenada em todo lugar nas Escrituras. Satã é denominado como a fonte da mentira. Os emissários de Satã denotam-se como mentirosos costumeiros, por meio de agentes humanos – “… pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”. Em uma análise, mentir é pecado contra Deus; mas o original grego significando mentira, aparece no Novo Testamento, denotando talvez que o mentiroso engana a si próprio, pensando em levar vantagem.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 4
– Enciclopédia da Bíblia – Cultura Cristã, Merril C. Teney, vol. 4