Os israelitas como servos e testemunhas de Deus.
Isaías 43: 10-13
“Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, e o meu servo, a quem escolhi… pois vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR. Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador. Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR; eu sou Deus. Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?”
O contexto do capítulo 42 de Isaías se aplica à pessoa de Jesus Cristo e não aos israelitas, por isso não farei menção dele neste artigo.
O propósito de Deus sempre foi o de que Israel fosse um povo diferente de todas as nações ao redor. Mas, essa diferença não se aplicava estritamente às questões culturais, sociais ou religiosas. Essas questões teriam peso se Israel andasse de forma irrepreensível diante de Deus e dos homens. A irrepreensibilidade de Israel diante de Deus implicava em que eles fossem as ‘testemunhas’ de Deus no mundo. Fato é que quando dizemos que Israel falhou na sua missão não estamos generalizando, sempre houve ‘um remanescente’.
A justiça de Deus o impede de realizar seus propósitos de maneira inconsequente. Sem nenhuma dúvida, poder para realizar o que quiser; da forma que quiser; e, quando quiser, Ele tem, porém, de forma alguma, para demonstrar sua Soberania e Poder Ele invalidará qualquer dos seus atributos divinos. Sendo assim, o Senhor formou Israel para um sublime propósito e utilizou-se de um longo processo a fim de que o mundo viesse a conhecê-Lo por meio do seu povo eleito.
Devemos atentar para a didática do Senhor. Note que o dever que temos – ser testemunhas dEle – não tem relevância pelo o tanto que ‘fazemos’ para Ele, mas ao contrário, é falar, comprovando com os fatos, o que temos recebido dEle. É darmos testemunho de tudo quanto o Senhor fez e tem feito por nós. Da mesma forma com que agiu em favor dos Israelitas, o Senhor tem agido por sua igreja nos dias de hoje.
A missão de Israel não era a de, apenas se esquivar das religiões pagãs praticadas pelos povos vizinhos, além disso, Israel deveria anunciar a existência do Deus verdadeiro e Único. Não era para apresentar, aos povos pagãos, o Senhor como um ‘deus’ mais poderoso que os deuses deles, mas testemunhar que Ele é o único Deus vivo.
Os diversos eventos que ocorreram na história de Israel – a majestosa libertação dos hebreus da escravidão no Egito e as vitórias alcançadas durante a ocupação da Terra Prometida – marcaram a nação e serviram de testemunho às gerações seguintes. Entretanto, as leis e os testemunhos dos profetas não foram suficientes para que os descendentes permanecessem fiéis à aliança que Deus havia estabelecido. Com o passar dos anos, a iniquidade se multiplicou de modo que não restou alternativa a não ser a repreensão pelo cativeiro.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Revista Ensinador Cristão nº 95