Perseverança e resiliência num contexto de perseguição.
II Coríntios 11: 22-28
“São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendência de Abraão? Também eu. São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes… Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas.”
O Espírito Santo, através das palavras de Paulo, quer nos conscientizar da angústia e do sofrimento pelos quais uma pessoa totalmente dedicada a Cristo, à sua Palavra e à causa em prol da qual Ele morreu está sujeito a padecer. Paulo comungava com os sentimentos de Deus e vivia em sintonia com o coração e os sofrimentos de Cristo. Paulo estava sacrificando sua vida pelo evangelho, algo que os falsos ensinadores nunca fariam. As provas e sofrimentos que experimentamos por causa de Cristo constroem nosso caráter, demonstram nossa fé e nos preparam para continuarmos servindo ao Senhor.
Paulo não estava se vangloriando, mas testemunhado das coisas que padeceu por causa do evangelho, por isso ele enumera alguma formas da sua participação nos sofrimentos de Cristo. Ele fala das ‘muitas tribulações’ enfrentadas ao servir a Deus – “… exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus”; servir ao Senhor com ‘lágrimas’, durante um período de três anos, por causa da perdição das almas, pela distorção do evangelho por falsos mestres, contrários à fé bíblica apostólica – “Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós.”
Paulo não era um mero ‘pregador itinerante’, suas mensagens condiziam com seu modo de vida, por causa disto muitas provações e aflições lhe advieram em virtude do seu trabalho para Cristo e seu pesar e angústia de espírito, por causa do pecado tolerado dentro da igreja. Entre outras coisas, Paulo fala dos seus gemidos, por causa do desejo de estar com Cristo e livre do pecado e das preocupações deste mundo; das suas tribulações ‘por fora e por dentro’, por causa de seu compromisso com a pureza moral e doutrinária da igreja e também do ‘cuidado’ que o oprimia cada dia, por causa do seu zelo por ‘todas as igrejas’.
Certamente que o desejo do Espírito Santo através dos relatos de Paulo é nos consolar. Ainda que possamos viver grande aflições e, algumas delas deixarem cicatrizes profundas, porém, nenhuma dor física ou qualquer outra coisa que ‘danifique’ nosso corpo pode nos afastar do amor que devotamos a Jesus. A lista detalhada de Paulo serve para nos encorajar e encara toda e qualquer perseguição ou tribulação como mola propulsora e não como obstáculo ou razão para desistirmos da caminhada.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.