A Igreja retratada como virgem pura.

II Coríntios 11: 2
 “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.”

Para compreendermos alguns termos bíblicos, não basta, apenas, saber seu significado literal. Além disso, devemos ter uma melhor e maior compreensão do princípio a que se aplica o termo, analisando-o sobre vários aspectos. Muitas passagens bíblicas só vão ser, de fato, compreendidas quando analisadas sob o contexto cultural; outras sob o contexto social; outras sob o contexto histórico; e, outras sob o contexto religioso. A figura da igreja como uma ‘virgem’ para ser compreendida com maior clareza deve abordar estes contextos, pois do contrário podemos interpretar de forma equivocada o que o Senhor espera de nós – sua igreja, vistos figurativamente como uma virgem.

A virgindade é uma virtude na ordem da criação dos seres vivos, especialmente no caso da mulher e, no Antigo Testamento encontramos leis que regulavam essa virtude na mulher, assegurando-lhe direitos invioláveis. Uma destas leis nós encontramos em Êxodo – “Se um homem seduzir uma virgem que não estava com casamento contratado, ele pagará o dote da moça e casará com ela. Porém, se o pai dela não quiser que a moça case com ele, então ele pagará ao pai uma quantia em dinheiro, de acordo com o preço de uma noiva virgem.” A relação matrimonial precisava ser mantida inviolável, dentro do sistema de casamentos monógamos (um homem e uma mulher).

Outra lei pode ser encontrada em Levítico – “E ele tomará uma mulher na sua virgindade. Viúva, ou repudiada, ou desonrada, ou prostituta, estas não tomará, mas virgem dos seus povos tomará por mulher”. O casamento de um homem com uma mulher virgem garantia a pureza da herança, que era fundamentalmente importante ao oficio sacerdotal de grupos específicos dentro da nação de Israel.

Ainda, uma outra lei acerca da virgindade no Antigo Testamento que valoriza, e muito, essa condição na mulher, pode ser vista no livro de Ester – “Então, disseram os jovens do rei que lhe serviam: Busquem-se para o rei moças virgens, formosas à vista”, ou seja, a virgindade por si mesma, era reputada como uma condição desejável. Esse ponto de vista é refletido até no Novo testamento, nos escritos paulinos, onde ele diz – “E assim quem casa a sua filha virgem faz bem; quem não a casa faz melhor”.

Conforme já demos a entender, todos os ensinamentos acerca da virgindade e da moralidade, que há no Antigo Testamento, passam intactos e até são elaborados no Novo Testamento. Paulo desejava que o amor da Igreja fosse dedicado somente a Cristo, da mesma maneira que uma noiva pura guarda seu amor para apenas um homem.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia NTLH.
– Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 6